YURI EIRAS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Os atributos de uma estrela mundial estão todos em Mariah Carey: sucessos enfileirados ao longo de décadas, voz entre as melhores do mundo e um bom tanto de elegância.
Escolhida como última atração da última noite de Rock in Rio no palco Sunset, neste domingo (22), a apresentação de Mariah foi catártica para seus fãs e quase igualmente empolgante para quem não é, já que seus hits, desde os anos 1990, são apreendidos pelo público como que por osmose.
Os fãs, aliás, aguardaram impacientes o fim do show de Akon, no palco Mundo.
Mariah Carey surgiu no palco com um vestido de tecido brilhante com a bandeira do Brasil, e causou histeria ao primeiro verso de “Obsessed”. Serena, interagiu com o público com “boa noite” e “eu te amo” em português.
No mais, fez poucos movimentos no palco. Quase não saiu do lugar. Experimentada em arenas lotadas e todo tipo de apresentação, parecia entender que, para algumas divas pop, como ela, quem deve se mexer é a multidão.
A multidão assim o fez. Nas músicas mais lentas, como “Touch my Body”, “Can’t Let Go” e sua versão de “I’ll Be There”, olhos fechados e mãos para o alto. Nas suingadas, como os R&Bs “Always Be My Baby” e “Emotions”, pernas e quadris mexiam, alguns colados em outros – impressionou a quantidade de casais engajados no show.
Enfrentou um temporário problema de som, mais baixo do que o normal, o que gerou gritos de”aumenta o som”.
Mariah parece ter escolhido repertório com mais R&B do que baladas românticas, o que empolgou mais o público combinou com uma noite de Rock in Rio em que também se apresentaram Ne-Yo e Akon, apesar de o último não convencer.
A voz de Mariah foi tão celebrada quanto a presença da cantora. O público aplaudia, claro, ao fim de cada música, mas também cada vez em que ela alcançava notas mais altas. Agradeceu cada aplauso com um discreto sorriso.