A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira, 23, que a tragédia no Rio Grande do Sul não afetará negativamente o crescimento do Brasil em 2024, embora uma queda possa ser sentida no próximo trimestre. Ela ponderou que o socorro ao Estado pode ter impactos na relação entre dívida e PIB do País, mas reforçou que não haverá efeitos para o arcabouço fiscal e a meta de primário, já que as medidas de crédito extraordinário estão excetuadas deste resultado.
O governo divulgou na quarta-feira, 22, o boletim bimestral com a revisão das receitas e despesas, com piora na projeção do déficit para o ano – passou de R$ 9,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões, sem considerar os R$ 13 bilhões do pacote de ajuda ao Rio Grande do Sul.
Apesar do resultado negativo, ele ainda está no intervalo da banda da meta. Tebet reiterou que a meta do governo para 2024 é de resultado neutro. “Nossa meta é zero, estamos focados nesse objetivo”, disse.
Em relação ao socorro ao Rio Grande do Sul, Tebet avaliou que o pacote de medidas com estímulos para recuperar a economia gaúcha vai repercutir positivamente para a reconstrução do Estado e o crescimento do País.
Ela também falou que as medidas para socorrer a indústria do Estado, que são capitaneadas pelo Ministério da Fazenda, devem ser anunciadas o “mais tardar” até a sexta-feira, 31.