Tendência viral no TikTok leva crianças ao hospital com queimaduras grave

Uma nova tendência viral no TikTok está gerando preocupação e pode colocar crianças em risco. Conhecida como “fruta de vidro” ou Tanghulu, uma tradicional receita chinesa, a prática envolve a preparação da guloseima no micro-ondas, o que tem levado a incidentes com queimaduras graves.

 

A receita consiste em caramelizar açúcar sobre frutas, criando uma crosta crocante. Em abril, um tutorial ensinando a fazer essa fruta no micro-ondas se tornou viral. A instrução pede que se misture açúcar e água, aquecendo a solução no micro-ondas em intervalos de 30 segundos, por cerca de cinco minutos, até ferver. O autor do vídeo alerta que a mistura atinge temperaturas muito altas e que não deve ser manuseada sem proteção, já que a fruta é mergulhada no líquido quente logo após o preparo.

No entanto, relatos da imprensa americana indicam que essa tendência já resultou em diversas crianças hospitalizadas após tentarem a receita. Em agosto, o Shriners Children’s Hospital, em Boston, emitiu um alerta sobre o aumento de casos de queimaduras graves relacionadas à prática. A cirurgiã Colleen Ryan, que trabalha no hospital pediátrico, atendeu dois pacientes feridos dessa maneira em apenas duas semanas.

“Quando o açúcar é aquecido no micro-ondas, ele retém uma quantidade significativa de energia térmica, o que o torna extremamente perigoso”, explicou Ryan em comunicado à FOX News. “Se derramado, pode causar queimaduras severas, como acontece com líquidos quentes, mas o açúcar pode causar lesões mais profundas devido às suas propriedades térmicas. Crianças ou adolescentes podem inadvertidamente derramar ou salpicar o líquido quente em si mesmos”, acrescentou.

Esses acidentes geralmente resultam em queimaduras pequenas, mas muito profundas, frequentemente em áreas delicadas como mãos e rosto.

Os pais são aconselhados a garantir que seus filhos saibam cozinhar de maneira segura e que tomem as devidas precauções ao tentar qualquer receita. A cirurgiã também alertou que, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, houve um aumento nos casos de lesões relacionadas a essa tendência.

“A atividade pode parecer divertida e inofensiva para as crianças, mas há um risco significativo de lesão. Todos precisam estar cientes desse perigo para evitá-lo”, concluiu Ryan.
 
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