Um ano após sua estreia como técnico da seleção da Espanha, Luis de la Fuente admite que será um desafio enfrentar o Brasil nesta terça-feira, no estádio Santiago Bernabéu. E não somente pelo peso da camisa canarinho. Espanhóis e brasileiros vivem situação oposta. Enquanto o time nacional vem de vitória sobre a Inglaterra em Wembley, a equipe da casa perdeu da Colômbia na sexta-feira. De la Fuente foi alvo de diversas críticas desde então.
Seu plano para o amistoso na capital espanhola será ter a iniciativa da partida. “Nosso planejamento será nos concentrarmos em nossas forças, controlando as condições dos jogadores rivais. Queremos ser o time que terá a iniciativa”, projetou o treinador, que fez elogios aos jogadores brasileiros.
De la Fuente reconheceu o grande momento vivido por Vinicius Júnior, no Real Madrid. O atacante vai jogar em casa nesta terça. “Vinicius me parece um dos melhores do mundo, um jogador excepcional. Está entre os melhores do mundo, claro. Todo mundo tem seus gostos, mas sem dúvida está entre os melhores do mundo.”
No entanto, o treinador espanhol descartou se concentrar somente no atacante ou em Rodrygo, companheiro de Vini tanto no Real quanto na seleção. “Não vamos nos fixar em nenhum jogador em particular. O Brasil não é apenas Vinicius Júnior. O Brasil tem jogadores espetaculares em todas as linhas.”
De la Fuente também comentou sobre Endrick, que poderia até aparecer entre os titulares do Brasil nesta terça. O jogador do Palmeiras entrou no segundo tempo e fez o gol da vitória da seleção sobre a Inglaterra, em Londres, no sábado.
O treinador pediu cautela com o jovem atleta. “Ele é um garoto de 17 anos, um jogador de futebol muito bom. Você tem que dar tempo a eles e ser muito cauteloso. Dizer que ele pode ser o novo Pelé é demais, é muita pressão sobre ele. É um desserviço que prestamos, gosto de ser muito cauteloso, que sigam o processo de treinamento e haverá tempo para fazer exigências.”
O técnico de 62 anos está acostumado a lidar com jovens jogadores. Ele já comandou as equipes de base da Espanha e foi o treinador do time olímpico na final da Olimpíada de Tóquio, em 2021. Na ocasião, os espanhóis foram derrotados pela seleção brasileira, que se sagrou bicampeã olímpica.
“Naquela final dos Jogos Olímpicos, os detalhes foram fundamentais”, disse o espanhol, projetando algo semelhante para o amistoso desta terça. “Vamos continuar a ser nós mesmos e vamos tentar cometer o mínimo de erros possível. Esse jogo com o Brasil poderia ser perfeitamente uma semifinal ou final de Copa do Mundo. Queremos e vamos a estar à altura de uma partida com estas características.”
ESCALAÇÃO
De la Fuente não revelou detalhes sobre a formação titular, mas é certo que terá titulares que acabou poupando na derrota para a Colômbia. No jogo de sexta, ele realizou testes na equipe visando a disputa da Eurocopa, no meio do ano.
Para o amistoso com o Brasil, a única certeza é que o volante Rodri está de volta ao time titular. Poupado na sexta, ele não treinou no sábado e nem nesta segunda por “motivos particulares”. “Ele vai jogar. Teve que atender um compromisso familiar, mas será reintegrado ao time nesta tarde e estará disponível para jogar normalmente”, disse o técnico.
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