Seis detentos fogem e um morre em presídio de Rio Branco, no Acre

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Seis detentos fugiram da Unidade de Recolhimento Provisório do Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre, nesta quinta-feira (8).

 

Todos os presos são da cela 20 do pavilhão A e cumprem pena em regime fechado no presídio, segundo o Iapen-AC (Instituto de Administração Penitenciária do Acre).

Ainda de acordo com o órgão, os seis detentos fugiram após quebrar uma parede que dá acesso à área do banho de sol. Os policiais penais perceberam a fuga durante ronda de rotina pela manhã.

Os fugitivos foram identificados como Felipe Albuquerque de Almeida; Klyciomar Rocha Pereira; Mardone de Aguiar Silva; Matheus Oliveira do Nascimento; Osvaldo Silva Vieira; e Valdemiro Martins da Silva. O Iapen não soube informar o que diz a defesa dos presos.

Na tarde desta quinta, o órgão informou que o detento Valdemiro foi recapturado. Ele estava em uma área de mata próximo ao presídio, por volta de meio-dia.

Até a publicação, os outros cinco detentos não haviam sido localizados e as forças de segurança do estado seguiam nas buscas.

Também nesta quinta-feira, um detento foi encontrado morto dentro da cela no Pavilhão B da mesma unidade. De acordo com o Instituto de Administração Penitenciária, o homem identificado como Hanoi Llorca Redondo, de 47 anos, morreu após passar mal.

O Iapen não informou se há relação da morte com a fuga dos outros seis detentos. De acordo com o órgão, os presos que compartilhavam a cela com Hanoi avisaram os policiais penais. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas ele já estava morto.

O corpo do detento foi levado para o IML (Instituto Médico Legal). As causas da morte serão confirmadas somente após perícia.

FUGAS DE PRESÍDIO NO BRASIL

Casos de fuga em massa e planos elaborados para o resgate de presos fazem parte da história prisional do Brasil. Em fevereiro, dois criminosos fugiram de uma penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Foi a primeira registrada nos 18 anos do sistema penitenciário federal.

A suspeita é que os presos tenham usado materiais de construção para abrir um buraco no teto e escapar. Ainda não se sabe se agentes penitenciários ajudaram os fugitivos, mas a constatação é que houve, no mínimo, falha na inspeção das celas.

Nunca tinha havido registro de fuga, rebelião ou de entrada de materiais ilícitos em penitenciárias de segurança máxima nacional, desde a inauguração do sistema.

Já nos presídios estaduais, problemas de segurança são marcados pela superlotação carcerária e o comando de facções criminosas.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, as duas maiores facções do país, PCC e Comando Vermelho, têm atuado em presídios estaduais de 24 estados e no Distrito Federal, com um crescimento mais acentuado do Comando Vermelho.

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