Qual a relação do colesterol com as doenças cardiovasculares?

Essencial para o funcionamento do organismo, o colesterol é uma gordura que compõe a membrana das células e age na produção de vitaminas, hormônios e sais biliares. Existem tipos diferentes de colesterol sendo basicamente o LDL, conhecido como “mau”, que transporta colesterol e um pouco de triglicerídeos do sangue para os tecidos; e o HDL, chamado de “bom”, que age como transportador fazendo o caminho inverso, ao tirar o colesterol dos tecidos e devolver para o fígado.

 

Quando seus níveis no organismo apresentam alteração, estando em desequilíbrio, é que surgem os prejuízos à saúde de forma, muitas vezes, silenciosa. O impostante é ter atenção para a conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares e visa alertar a sociedade quanto às consequências que as alterações do colesterol podem trazer à saúde. Junto à hipertensão e diabetes, o colesterol alto, está entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, principalmente infarto, AVC e tromboses arteriais.
 
Médica cardiologista e professora do curso de Medicina da Uniderp, Lacy Coelho Barbosa explica qual a relação do colesterol com as doenças cardiovasculares. “Quando em níveis elevados, o colesterol, principalmente o LDL tem maior tendência a se depositar na parede dos vasos arteriais, formando placas de gordura acelerando um processo conhecido como aterosclerose. Neste processo, a parede dos vasos em sua face interna pode ficar mais estreita, reduzindo o fluxo de sangue que chega aos órgãos, como é o caso do coração, rins e cérebro. Existe o risco de rompimento destas placas, com a formação de um trombo no local. Por estes motivos, o colesterol alto aumenta o risco de infarto e acidente vascular cerebral”, explica a especialista.  
 
A maioria dos casos não apresenta sintomas, e as pessoas podem passar anos sem saber que estão com colesterol alterado. Em casos raros, existe a possibilidade do surgimento de xantelasma (uma espécie de “bolinha de gordura” que surge na pele). Dessa forma, muitos pacientes descobrem essa alteração apenas quando realizam exames de rotina. Outros descobrem durante a investigação por dor no peito e falta de ar, ou até mesmo após a manifestação clínica de um infarto ou derrame (AVC).   
 
A melhor forma de prevenir o excesso de colesterol e as doenças que podem vir associadas a ele é manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regulares. Realizar consultas cardiológicas regularmente, ao menos 1 vez por ano, também pode auxiliar no diagnóstico e tratamento precoce dessa condição. “Aumentar o consumo de alimentos como frutas e legumes, cereais integrais, azeite, carne branca, laticínios com baixo teor de gordura (queijo branco, leite e iogurte desnatado), nozes e amêndoas são passos significativos do processo de mudança da alimentação e prevenção de doenças”, destaca a Dra. Lacy.

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