LIVIA CAMILLO
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Polícia Civil avançou na investigação que apura os repasses feitos pelo intermediário do patrocínio da Vai de Bet ao Corinthians à empresa “laranja”. As quebras de sigilo bancário são aguardadas até a próxima semana.
O QUE ACONTECEU
Na próxima semana, a Justiça deve apreciar o pedido de quebras de sigilo bancário das empresas envolvidas no inquérito: a Rede Social Media Design Ltda, da qual Alex Cassundé é sócio; e a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda., que tem Edna de Oliveira como sócia.
Fontes da polícia projetam que os dados estejam liberados para análise até, no máximo, sexta-feira (12). As informações vão definir os próximos passos e intimados a depor no inquérito.
No entanto, a polícia já trabalha com algumas certezas, inclusive que, de fato, não houve intermediação no patrocínio. Alguns nomes devemdepor: Rozalah Santoro (ex-diretor financeiro), Rodrigo Yun Lee (ex-diretor jurídico)
VICE DO CORINTHIANS EXIGE INVESTIGAÇÃO NO CLUBE
Na última quinta-feira (4), Armando Mendonça, segundo vice-presidente do Corinthians, prestou depoimento à polícia como testemunha e negou que tenha conduzido uma investigação paralela.
Em sua versão, o dirigente confirmou ter contratado um detetive particular para levantar informações sobre a Neoway, empresa de fachada envolvida no escândalo.
À imprensa, ele disse que exige uma investigação interna no clube sobre a questão da intermediação.
Dentro do clube, eu, como vice-presidente, exijo e espero que seja imediatamente averiguada a questão que vocês, da mídia, estão divulgando, de que o intermediador disse que não houve intermediação. Isso é muito grave, isso é uma questão muito grave. Nós ouvimos, em vários podcasts, em várias entrevistas coletivas, que, inclusive, houve negociação do valor da comissão, de 20% para 5%, para 10% e para 7%. E, pelo que consta na mídia, pelo que vocês dizem, o Alex diz que nunca negociou absolutamente nada. E isso é muito grave Armando Mendonça, vice-presidente do Corinthians