PIB voltou para linha de tendência de alta do período pré-pandemia, diz diretor do BC

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta quinta-feira, 21, que o PIB voltou para linha de tendência de alta do período pré-pandemia. Ele mostrou que apesar de um efeito cíclico estrutural e da pandemia, o PIB do País voltou ao cenário anterior à covid-19.

Ele reforçou a surpresa com o desempenho da economia brasileira em 2023, já que a pesquisa Focus apontava, ao final de 2022, expectativa de PIB de 1% e agora se aproxima de 3%. “No primeiro trimestre, tivemos surpresa no agro e no segundo trimestre, a resiliência na parte do consumo”, disse.

A resiliência do consumo, inclusive, foi citada como a surpresa da última divulgação do PIB. Guillen pontuou que o BC já discutiu em várias comunicações as razões, que estão ligadas ao aumento de renda, benefícios sociais e a desinflação elevando a renda disponível. A diminuição da atividade no terceiro trimestre já era esperada, pontuou.

Guillen disse que um outro lado deste cenário é a queda de investimento, que diminuiu após a elevação de 2021 e 2022. “Agora mais recente, o investimento caiu. Isso é acompanhado por importação de bens de capital, insumo de produção, que corroboram o cenário de investimento mais sensível a incertezas e expectativas econômicas”, disse.

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