Após uma operação de busca e apreensão do Ministério Público e da Receita Federal em sedes da Petrobras Biocombustível (PBio) no Rio de Janeiro e Minas Gerais esta semana, a Petrobras aprovou a substituição de três diretores da subsidiária, mas nega que a movimentação dos executivos tenha a ver com a diligência.
De acordo com a Petrobras, a mudança de dirigentes já estava em andamento e “não há relação entre as trocas de diretores e a operação ocorrida terça-feira (24)”. A estatal, porém, não soube informar o nome do novo presidente e diretores.
“Os diretores da PBio serão substituídos por três empregados de carreira da Petrobras”, informou a Petrobras ao Broadcast neste sábado, 28.
Foram afastados o presidente da PBio, Danilo Siqueira Campos; o diretor de Biodiesel, Denilson Ferreira; e o diretor administrativo e financeiro, Alexandre Dutra Gomes. A investigação, segundo a Petrobras, é de uma suposta fraude tributária praticada por empresa comercializadora de sebo bovino, que teve operação comercial com a PBio em 2019.
“A Petrobras e a PBio, sua subsidiária integral, estão colaborando com as autoridades. A companhia reitera seu compromisso com o cumprimento das melhores práticas de ética e conformidade”, afirmou a estatal.
A PBio foi criada em 2008 para ser o braço da Petrobras no segmento de biocombustíveis. Foi colocada na lista de privatizações do governo Bolsonaro, de onde saiu no ano passado. Em 2023, a PBio aumentou em 35% as vendas de biodiesel ao reativar a usina de Candeias, na Bahia.
A PBio tem duas usinas de biodiesel em operação. Além de Candeias, que tem capacidade para até 304,3 mil metros cúbicos de biodiesel por ano, opera outra unidade em Montes Claros, Minas Gerais, com 196,3 mil metros cúbicos instalados. A terceira planta da empresa, em Quixadá, no Ceará, com capacidade para 109 mil metros cúbicos, está em hibernação.