Oscar Pistorius, campeão paralímpico dos 100m, 200m e 400m, pode ganhar liberdade nesta sexta

Condenado a 15 anos de prisão, em 2017, pelo assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, quatro anos antes, o ex-atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius poderá ter liberdade condicional, nesta sexta-feira, após uma audiência marcada em um tribunal de Pretória, na África do Sul.

O Departamento de Serviços Penitenciários da África do Sul comunicou, nesta terça-feira, que um conselho de liberdade condicional vai analisar o caso de Pistorius e decidirá “se o preso é adequado ou não para integração social”.

Em março, Pistorius teve um pedido de liberdade condicional negado. Mas, em outubro, após cumprir mais da metade da pena, o Tribunal Constitucional da África do Sul decidiu que o atleta, de 36 anos, poderia se qualificar para deixar a prisão de forma condicional.

Em 2014, Pistorius foi inicialmente condenado a cinco anos de prisão, em uma caso de repercussão mundial. No ano seguinte, após apelação do Ministério Público, o Supremo Tribunal de Recurso da África do Sul anulou essa condenação e aumentou para seis anos.

Contudo, após novo recurso do Ministério Público, em 2017, a pena foi alterada mais uma vez e passou a ser de 15 anos. Na prática, essa sentença significava 13 anos e cinco meses de prisão, depois de deduzido o tempo que Pistorius passou uma fase sob fiança em prisão domiciliar.

Pistorius cumpre pena por atirar em Steenkamp em sua casa, em Pretória, no Dia dos Namorados de 2013, quando

Desfrutava de grande prestígio no mundo esportivo, no qual era destaque na corrida paralímpica.

Pistorius alegou sem sucesso no tribunal ter atirado quatro vezes pela porta fechada do banheiro, ao confundir sua namorada com um suposto ladrão que teria acessado a casa através da janela do banheiro.

O atleta sul-africano nasceu com um problema genético que levou seus pais a decidirem amputar ambas as pernas abaixo dos joelhos quando ele tinha 11 meses de idade. Pistorius alcançou fama mundial ao competir com duas próteses de carbono. Ele ganhou seis medalhas olímpicas – quatro de ouro, uma de prata e uma de bronze – nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012, nas provas dos 100, 200 e 400 metros.

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