As Nações Unidas denunciaram nesta segunda-feira (13) pelo menos 137 ataques a instalações de saúde na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ataques causaram a morte de 521 pessoas, incluindo 16 trabalhadores humanitários, e deixaram feridos quase 700 civis, entre pacientes e profissionais de saúde.
“Os ataques a instalações médicas e civis são inaceitáveis e constituem uma violação do direito e das convenções internacionais humanitárias e de direitos humanos”, afirmou a OMS.
A organização disse ainda ter ficado “horrorizada” com os recentes ataques contra o Hospital Al Shifa, o maior de Gaza, o Hospital Pediátrico Al Rantissi Nasser e o Hospital Al Quds.
“Muitas pessoas morreram, incluindo crianças”, afirmou a OMS.
A organização também recebeu relatos de mortes de “bebês prematuros e recém-nascidos que estavam recebendo suporte vital” devido a cortes de energia e esgotamento de combustível.
Diante desta escassez, também de água e de suprimentos médicos básicos, “a vida de todos os pacientes está em risco”, segundo a OMS.
A organização lembrou que mais da metade dos hospitais da Faixa de Gaza estão fora de serviço e que os que permanecem em funcionamento só podem fornecer serviços de emergência mínimos.
“O mundo não pode permanecer em silêncio enquanto os hospitais, que deveriam ser refúgios seguros, são transformados em cenários de morte, devastação e desespero”, afirmou a OMS.
A organização apelou a uma “ação internacional decisiva” para implementar a interrupção imediata dos bombardeios na Palestina.
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