No dia 7 de outubro, María Pilar recebeu o que ela descreve como a carta mais cruel de sua vida: uma conta para pagar relativa à morte de seu filho.
Josep Boan foi atropelado em agosto de 2020. Neste mês, a mãe recebeu uma carta que exigia o pagamento do serviço de limpeza de estradas que foi ativado para limpar os vestígios de sangue que ficaram na estrada após a morte do homem. A fatura correspondia à metade do valor do serviço, cabendo ao autor do acidente – o homicida do filho de Maria – o pagamento da outra metade.
A mulher, que mora em Barcelona, relata que, no início, pensou que se tratava de uma carta com os bens do filho, mas quando viu a conta de R$ 2.200,00 para pagar, ficou revoltada. O valor fazia referência a um serviço de mais de 3 horas.
“Não me desagrada receber coisas dele, é como se ele estivesse presente, mas não sei que tipo de ser humano envia aquela fatura tão detalhada”, compartilhou com o 20 minutos.
Josep Boan morreu na sequência de um acidente de moto, em que foi atropelado por um motorista em excesso de velocidade, na Corunha. A família estava de férias nesta cidade galega, e o jovem e o pai decidiram dar um passeio de moto.
A família decidiu apresentar uma queixa contra a Deputación da Coruña pelo envio da fatura.
UN CONDUCTOR HOMICIDA MATA A MI HIJO Y LA DIPUTACIÓN DE A CORUÑA @Depucoruna LE HA ENVIADO UNA FACTURA POR LA ASISTENCIA Y LIMPIEZA DE LA VÍA. JOSEP BOAN I ROSANES DEBE PAGAR, A PARTES IGUALES CON SU HOMICIDA, ASIER GONZÁLEZ SILVA, LAS 3h 20 MINUTOS QUE EMPLEARON PARA LIMPIAR… pic.twitter.com/mIfmbmPktO
— maria pilar (@rosanesfiguerol) October 9, 2023
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