SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou, nesta sexta-feira (1), os dois policiais civis presos suspeitos de invadir a casa de um morador, na zona norte da capital, e furtado dinheiro e itens pessoais.
Mark Rodrigues Estebanez Stael e Mauro Tadeu Pereira Ribeiro foram denunciados por abuso de autoridade, peculato e prevaricação.
O MP-RJ pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva. A denúncia é baseada em investigação da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.
A promotoria destaca que os dois estavam acompanhados de uma terceira pessoa, ainda não identificada, que estava armada, embora não pertença aos quadros das polícias Civil ou Militar. Ressalta, também, que o alvo dos policiais estava completamente fora da circunscrição da delegacia onde estavam lotados, a 32ª DP (Taquara).
Bens nunca foram formalizados pelos agentes em unidade policial. “Importa afirmar que os denunciados, e o terceiro elemento ainda não identificado, agiram imbuídos do mesmo propósito de subtrair os bens encontrados no interior da casa da vítima, vez que deixaram de proceder a sua entrega e formalização de apreensão em sede policial”, diz trecho da denúncia.
O UOL tenta localizar a defesa dos suspeitos. Caso haja resposta, o texto será atualizado.
ENTENDA
Os dois policiais civis foram presos na manhã de quinta-feira (29) em uma operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).
Os dois agentes teriam levado R$ 9 mil, uma aliança de ouro, uma pistola com certificado e uma carteira de habilitação do homem. A invasão teria ocorrido no bairro Vaz Lobo, na zona norte do Rio de Janeiro, no dia 30 de janeiro. Segundo o MP, o dinheiro fazia parte de uma economia do morador com o salário da empresa em que trabalhava.
Os itens furtados nunca foram levados para uma apreensão formal à Polícia Civil. Além disso, os policiais entraram livremente na comunidade em que o morador vivia, sem confronto com os traficantes locais, o que levantou suspeitas ao Ministério Público.
Os policiais foram suspensos de suas funções públicas. Eles faziam parte da Delegacia de Polícia de Taquara. Os dois também perderam o direito de porte de armas.