SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Nesta quinta-feira (5), o Movimento Reconstrução SCCP lançou oficialmente as suas lideranças e subiu o tom no discurso “anti-Augusto Melo”. O grupo, que se diz apartidário, pede a destituição do atual presidente do Corinthians.
Mário Gobbi e Antonio Roque Citadini, ex-presidentes do clube, e Caetano Blandini, atual membro do Conselho de Orientação, citaram os “atos ilícitos da gestão” como os principais motivos para mobilizar os cerca de 90 conselheiros que pediram o impeachment de Augusto.
“Não é um ato oposicionista. É a gestão dele contra ele próprio. Os fatos começaram com um ato corajoso do segundo vice-presidente dele [Armando Mendonça], que denunciou a fraude do contrato com a Vai de Bet. Nenhum grupo político começou o processo de denúncias da gestão nefasta de Augusto Melo, foi o próprio vice dele que fez a maior denúncia, de maior gravidade, dos atos ilícitos que constam na gestão. O que devemos fazer? Ficar parado vendo o monstro emergir da lagoa Vendo o Corinthians sangrar em uma hemorragia jamais vista”, disse Gobbi.
O processo contra Augusto Melo caminha para o Conselho de Ética. Depois disso, o presidente terá de apresentar sua defesa em relação às acusações a respeito do contrato com a Vai de Bet.
AUGUSTO AGE DE “MÁ FÉ”, DIZ MOVIMENTO
O tom da entrevista foi duro no geral. Os porta-vozes do movimento usaram adjetivos fortes para definir o atual presidente do clube. A palavra “mitômano” -mitomania é um transtorno psicológico que faz com que a pessoa tenha a compulsão de mentir- foi usada pelo menos seis vezes durante a conversa com os jornalistas.
“Existe erro e má fé. As duas coisas. Ele pode esclarecer o que precisar. A comissão da Vai de Bet. Acha que houve um errinho? Não, vai receber a comissão. Depois disse que não sabia de nada. É um erro muito grande, que beira a má fé”, disse Roque Citadini, ex-presidente do Corinthians.