Jérôme Hamon, o primeiro homem a passar por dois transplantes faciais e mundialmente conhecido por ter “três rostos”, faleceu em 16 de abril, aos 49 anos, seis anos após sua última cirurgia.
A notícia foi anunciada pelo médico de Jérôme, e amigo próximo da família, Franck Zal, ao jornal Le Télégramme. Segundo Franck Zal, Jérôme estava hospitalizado e “exausto”, destacando toda a “força” que ele demonstrou ao longo de sua vida de sofrimento.
Jérôme sofria de uma rara doença genética chamada neurofibromatose tipo 1, que deformava seu rosto. Em 2010, ele passou pelo primeiro transplante, que inicialmente teve sucesso. No entanto, em 2015, após uma gripe, foi tratado com um antibiótico incompatível com os medicamentos imunossupressores que os transplantados devem tomar, resultando em sinais de rejeição e deformação facial novamente.
Um ano depois, os médicos decidiram realizar um segundo transplante devido à necrose em seu rosto. Antes da segunda cirurgia, Jérôme passou dois meses “sem rosto” na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Georges Pompidou, em Paris, onde ambas as operações foram realizadas.
O doador que possibilitou o segundo transplante foi um jovem de 22 anos que faleceu na França. “Seu sonho era voltar a trabalhar. Ele amava livros, mas estava cansado. Nunca mais pôde trabalhar [depois do transplante de 2018]”, disse Franck Zal, destacando que Jérôme foi um “lutador incrível” até o fim.
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