O comitê de segurança nacional israelense discutiu nesta segunda-feira uma proposta apresentada pelo Otzma Yehudit, partido ultranacionalista de extrema-direita que faz parte do governo. A proposta busca introduzir a pena de morte para militantes de grupos de resistência armada palestinos.
O ministro da Segurança Interna, Itamar Ben Gvir, defendeu a medida afirmando que a pena de morte “contra terroristas” é uma “lei moral e essencial para o estado de Israel”.
A proposta não faz distinção entre militantes do Hamas e de outros grupos na Cisjordânia ocupada. Apesar do apoio de Ben Gvir, a medida enfrenta resistência de famílias de reféns israelitas, que alegam que aumentaria o risco para seus familiares.
Ben Gvir é conhecido por posições extremistas e polêmicas, incluindo discursos de ódio islamofóbicos e defesa de colonatos ilegais nos territórios palestinos. Ele também já admitiu, em agosto, que os judeus têm um direito de movimento superior aos árabes na Cisjordânia ocupada, o que gerou críticas de organizações internacionais e da Casa Branca.
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