BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Educação, Camilo Santana, criticou a greve nas instituições federais de ensino, iniciada na segunda-feira (15) em todo país. Segundo o ministro, não haveria necessidade da paralisação porque o governo Lula (PT) mantém as negociações.
“Pessoalmente recebi dois sindicatos, fazendo apelo de que não havia necessidade de fazer greve agora. Greve para mim é quando não há mais diálogo, quando acabou negociação ou toda e qualquer possibilidade de melhorias”, disse Camilo, em audiência no Senado nesta terça (16). “Reconhecemos necessidade de melhorar servidores técnico-administrativos.”
Camilo ainda afirmou que, na greve, quem perde é o Brasil e o alunos. “Prejuízo é para Brasil e para alunos e queremos evitar isso. Mas governo é aberto ao diálogo”.
Ele afirmou que o ministério trabalha para atender as demandas das categorias. Professores de universidades, centros de educação tecnológicas e institutos federais das cinco regiões do Brasil exigem reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% -a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.
A paralisação teve início com a adesão de 21 instituições e, nesta terça, chegou a 24 universidades, institutos federais e Cefets, segundo balanço Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
A entidade afirmou que, além da recomposição salarial, existe a necessidade de investimentos públicos nas instituições federais de educação, diante da corrosão desses investimentos no governo passado, sob Jair Bolsonaro (PL).
Em nota encaminhada na segunda, o MEC (Ministério da Educação) da gestão diz que busca alternativas de valorização dos servidores da educação. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores, argumentou a pasta.
Docentes e outros servidores grevistas planejam fazer uma marcha em Brasília na quarta (17).