SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O craque argentino Lionel Messi, 36, deixou em aberta a possibilidade de estar jogar a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México, quando ele estará com 39 anos.
“Não sei [se chego até a próxima Copa do Mundo]. Ainda não penso [sobre isso] porque está longe”, afirmou o argentino durante entrevista ao canal Olga, no YouTube, divulgada nesta quinta-feira (21).
Em junho, o jogador argentino havia dito que, “a princípio”, não iria disputar a próxima Copa. “Vou ver como as coisas acontecem, mas, a princípio, acho que não chego ao próximo Mundial”, declarou na ocasião, em entrevista ao jornal esportivo chinês Titan Sports.
No início de fevereiro, o astro eleito sete vezes o melhor do mundo já tinha se mostrado pessimista sobre sua participação na próxima Copa. “Pela idade, parece-me muito difícil”, tinha declarado ao jornal Olé.
Messi liderou a Argentina na campanha que resultou no tricampeonato do país na Copa do Mundo do Qatar em 2022, vencendo a França na final nos pênaltis (4-2) após empate por 3 a 3 no tempo normal e prorrogação.
Na entrevista ao canal de YouTube publicada nesta quinta-feira, o jogador do Inter Miami disse que o principal objetivo no momento é chegar em boas condições à Copa América.
“Penso, sim, na Copa América. O objetivo é chegar bem à Copa América nos Estados Unidos”, acrescentou o craque, em referência ao torneio entre seleções das Américas que será disputado entre junho e julho de 2024.
“Depois da Copa América vamos ver, depende de como vou estar. Ainda faltam três anos [até a Copa do Mundo]”, acrescentou.
O craque comentou, ainda, sobre sua passagem pelo Paris Saint-Germain e indicou ter ficado incomodado com a falta de reconhecimento do clube francês pela conquista da Copa no Qatar.
“Fui o único jogador [da seleção argentina] que não teve reconhecimento [em seu clube pela vitória no Mundial]”, disse o jogador. Ele afirmou que a vitória contra a França na final da Copa pode ter contribuído para a falta de homenagens por parte do PSG. “Por culpa nossa, [os franceses] não foram campeões do mundo outra vez”.
“A verdade é que não foi como eu esperava [a passagem pelo PSG], mas sempre digo que as coisas acontecem por algum motivo”, disse o argentino. “Embora não estivesse bem lá, fui campeão do mundo”.
Messi deixou o time da capital francesa em junho, para em seguida ser anunciado como reforço do Inter Miami, dos EUA.
Ele reconheceu ainda que pesou para a escolha pelo futebol dos EUA a menor pressão que recebe dos torcedores em relação aos clubes da Europa.
Em menos de um mês no novo clube nos EUA, Messi conduziu os companheiros ao primeiro título da história do Inter Miami. Fundado em 2018, o time norte-americano conquistou em agosto a Leagues Cup, competição que reúne clubes dos Estados Unidos e do México.
Com a vitória por 10 a 9 sobre o Nashville SC nos pênaltis, após empate por 1 a 1, o argentino se tornou recordista de conquistas no futebol em nível profissional.
O troféu erguido no Geodis Park, em Nashville, foi o 42º da carreira do jogador. A contagem deixa o craque empatado com o brasileiro Daniel Alves, que foi seu companheiro no Barcelona, como o dono do maior número de títulos no esporte.