MC Cabelinho faz show para plateia eufórica em dia de trap no Rock in Rio

GUILHERME LUIS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – MC Cabelinho fez o Rock in Rio voltar a ferver após o desanimado show do britânico 21 Savage. Era difícil enxergar o brasileiro, líder do palco Sunset, dada a quantidade de mãos erguidas de pessoas que pulavam quase sem parar durante a apresentação de uma hora.

 

“Vamo Marolar” é a faixa que abre o show. Nela, Cabelinho ostenta a vida de rico que leva hoje, não sem ter trabalhado “pra caralho”, ele canta. O público vibrou.

Depois Cabelinho agradeceu aos fãs, dizendo que sempre sonhou em chegar no naipe de artista que canta em Rock in Rio. Escalado para o dia de trap, que abre esta edição do festival, o brasileiro se apresentou depois de nomes como os rappers Slipmami e Matuê, a funkeira Ludmilla e antes do americano Travis Scott, que coroa a noite.

Meu Mundo” fez a plateia se esmagar num pula-pula desenfreado, antes de o ritmo cair com duas faixas inéditas, desconhecidas. Ah, não, Cabelinho, pediu uma fã ofegante. É que ele não aguenta mais cantar as mesmas músicas nos shows, explicou o cantor, antes de apresentar as prévias do seu vindouro disco.

Dezenas de pessoas aproveitaram para sair do show e migrar até o palco Mundo, onde Scott se apresentaria em cerca de 45 minutos. “Quem gosta de transar ouvindo ‘Little Love’?”, disse Cabelinho no microfone, introduzindo um dos seus sucessos. Aí muita gente que saía parou para ouvir mais uma do brasileiro.

O show seguiu com “Nossa Música”, um trap romântico em parceria com a drag queen Gloria Groove, e “Carta Aberta”, em que ele promete se vingar de todos que já caçoaram dele.

Cabelinho tocou com o grupo Coral de Favelas, um tipo de junção que a princípio soa incomum, mas que é praxe quando festivais como o Rock in Rio escalam artistas de gêneros como funk e rap. É uma forma de tentar dar requinte a ritmos que por muito tempo foram marginalizados e que até hoje são vistos como inferiores por quem frequenta ou já frequentou outras edições do evento.

O show terminou com uma velha sensação: a de que muitos artistas brasileiros escalados para os palcos secundários desse tipo de festival deveriam estar no principal, com shows mais potentes que os dos estrangeiros. Cabelinho causou mais emoção que o britânico 21 Savage, e teria deixado o público mais preparado para a euforia de Travis Scott.

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