SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A despedida de Marta das Copas do Mundo passou longe do que a camisa 10 da seleção brasileira gostaria, mas ela já está de olho em uma nova competição, os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
A atacante falou sobre a “decepcionante” campanha do Brasil no Mundial e que quer estar na próxima edição das Olimpíadas. As declarações aconteceram em entrevista coletiva do Orlando Pride (EUA), clube da brasileira.
Ela afirmou que aguarda o “sim” para ir a Paris e que trabalhará diariamente para poder estar na equipe em 2024. A seleção feminina busca o ouro inédito – oi prata em Atenas-2004 e Pequim-2008.
Pia Sundhage, porém, quer jovens jogadoras e afirmou que “será cada vez mais difícil para Marta continuar na seleção”. A sequência da sueca no comando do time, contudo, é incerta.
Aos 37 anos, Marta tem contrato com o Orlando Pride até o ano que vem e planeja ser mãe. Assim, os Jogos de Paris podem simbolizar a despedida da Rainha do Futebol.
“Eu não vou jogar outra Copa do Mundo, mas não disse que não vou jogar a próxima Olimpíada. Ainda não tenho o “sim”, mas trabalharei dia a dia e se sentir que ainda tenho essa força para compartilhar com a seleção brasileira, quero brigar pela medalha de ouro”, disse Marta.
O QUE MAIS MARTA DISSE
Decepção no Mundial feminino
“Após uma Copa do Mundo muito decepcionante, a única coisa que pensei foi em voltar para casa e começar a treinar com o clube. Isso me ajudou muito a desconectar da Copa do Mundo e de tudo que aconteceu lá. […] Foi uma grande decepção para mim e para todo o time, porque sabemos que temos um time para ir um pouco mais longe na competição”.
Assistiu aos jogos?
“Eu tentei me desconectar, mas é impossível e o fuso horário é terrível. Na primeira semana, eu estava na cama às 19h e acordava às 4h da manhã, então tive a chance de ver alguns jogos. Essa competição foi muito diferente. Nós tivemos a chance de ver um time como a Colômbia. Eu fiquei impressionada com a técnica, a organização do time delas”.
A final da Copa
“Agora é outro tempo, com um nível muito alto. Não me surpreendo com mais nada, mas é claro que é interessante ver esses dois times [Inglaterra e Espanha] na final. Vai ser um bom jogo”.
A mais competitiva de todas?
“Acho que sim. Basta ver os jogos, foram abertos, sem saber quem venceria. O nível está muito alto, vemos muito boas jogadoras em diversas seleções, e isso é bom para o futebol feminino”.