Mano Menezes passou da euforia por uma apresentação melhor para a frustração de nova partida com o Corinthians devendo futebol e amargando novo tropeço – dos últimos sete jogos na Neo Química Arena, só ganhou do Botafogo, por 1 a 0, após expulsão de Marçal na primeira etapa. O treinador admitiu que o jogo com o América-MG foi ruim, reclamou da desorganização tática e quer mais criatividade para furar retrancas.
Questionado sobre o motivo de jogar bem com o Fluminense fora de casa e mal contra o lanterna, ele admitiu que essa era a grande questão de todo corintiano neste domingo, sem acreditar que o time só buscou o empate, por 1 a 1, no último lance.
“É a visão que o torcedor tem do futebol. Apesar de serem jogos completamente diferentes, se coloca na mesma caixa de análise. No Rio encontramos um time que vai propor jogo, que dava mais espaços e esse era um que não dava espaços e assim, muda o jogo”, avaliou. “As dificuldades é porque não aproveitamos o bom início, onde criamos as primeiras oportunidades. Depois, nos desorganizamos como equipe, taticamente. Na ânsia de buscar o gol, nos projetamos com jogadores que não eram para ir tão à frente. Tomamos cinco contra-ataques e num deles levamos o gol. Criamos uma dificuldade maior em um jogo que para nós já ia ser bastante difícil.”
Mano sabia que não seria moleza enfrentar os mineiros. Mesmo com a posição ruim na tabela. Em sua avaliação, “os últimos jogos do América foram bem jogados.” Apesar de vir de derrota por 2 a 1 para o líder Botafogo, o adversário merecia melhor sorte em Belo Horizonte, por exemplo.
“Depois (do gol sofrido) virou uma linha de seis (na defesa) e tivemos dificuldades, tivemos de buscar outras maneiras, com dois centroavantes para buscar bola na frente. A gente martelou, martelou e achou o gol no final para amenizar o resultado, embora não amenize o jogo que foi abaixo do esperado”, lamentou.
O técnico descartou buscar culpa no trabalho do antecessor Vanderlei Luxemburgo, como Fausto Vera chegou a induzir que o time “perdeu meses” e falou que seguirá atrás de alternativas para melhorar a criação da equipe. Apenas Renato Augusto arma e o time fica bastante dependente de seu veterano camisa 8.
“Eu sempre vou respeitar o trabalho das pessoas. Não adianta eu ficar aqui achando desculpas, ou ficar olhando para trás. Vou fazer o máximo nesse período para entregar um jogo tecnicamente melhor”, afirmou o treinador, admitindo que a equipe ainda não se encaixou para encarar oponentes mais fechados.
“O time já briga mais, disputa mais, mas precisamos, quando pegar times de linhas mais baixas (fechados na defesa), ter soluções de construções de jogadas que são necessárias para as vitórias e para não tornar o jogo mais dramático como tornou na noite de hoje.”