Mal que afeta gravemente várias pessoas pode ter solução (até que enfim!)

Um grupo de investigadores da Universidade Católica do Sacro Cuore, na Itália, desenvolveu uma proteína geneticamente modificada que melhora a memória quando ativada por um medicamento.

Segundo dados publicados na revista Science Advances, os cientistas modificaram a proteína LIMK1, que desempenha um papel fundamental na memória, para adicionar um interruptor molecular ativado pelo consumo de rapamicina. Este fármaco é conhecido pelos seus diversos efeitos antienvelhecimento no cérebro.

Para testarem a eficácia desta terapia genética, os investigadores administraram a proteína modificada em ratos de idade avançada e que apresentavam declínio cognitivo. Os especialistas avaliaram a melhoria cognitiva nos animais através da observação de comportamentos e testes de memória.

Além disso, investigaram as mudanças nas sinapses do cérebro, especialmente no hipocampo, uma área específica do cérebro com um papel fundamental na formação da memória. O ‘interruptor molecular’ permitiu entender como é que a ativação dessa proteína modificada afetava as sinapses e, consequentemente, a memória dos ratos.

Em animais com declínio cognitivo relacionado com a idade, o uso desta terapia genética produziu “uma melhoria significativa na memória”, de acordo com o principal autor do estudo, Cristian Ripoli, citado pela agência Efe. “O próximo passo é testar a eficácia deste tratamento em modelos experimentais de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, e realizar mais estudos para validar o seu potencial uso em humanos”, destaca.

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