Primeira nadadora brasileira a se classificar para uma final olímpica dos 1.500m livre, Beatriz Dizotti fechou sua participação nos Jogos Olímpicos na sétima colocação, com 16min02s86, abaixo do tempo da semifinal. Katie Ledecky, fenômeno na distância e dona da melhor marca do mundo, confirmou o favoritismo com novo recorde olímpico: 15min30s02. Tinha feito “apenas” 15min47s43 na classificatória.
Foi a 12ª medalha olímpica de Ledecky, dominante desde o início nesta final, sendo o oitavo ouro. A prata, para festa dos entusiasmados torcedores franceses, ficou com a local Anastasia Kirpichnikov, com 15min40s35, enquanto a alemã Isabel Gose levou a melhor sobre a italiana Simona Quadarela em batalha braçada a braçada desde o início, e garantiu o bronze, com 15min41s16.
Sétima na semifinal, com 16min05s40, a brasileira entrou sorridente para a final, confiante em melhorar o resultado expressivo do mundial de 2022, quando terminou na sexta colocação. Um ano mais tarde terminaria em sétimo, também no Mundial.
A decisão começou com a favorita Ledecky rapidamente abrindo mais de um corpo de vantagem sobre as concorrentes. Seguida pela francesa e a italiana. Dizotti aparecia somente em sétimo. Após 500 metros, a americana superava o recorde mundial por 0s11. Aparecia soberana na frente.
Após metade da prova, a disputa era pelo bronze, entre Alemanha e Itália. A estrela dos franceses, Anastasia Kirpichnikov, se isolou no segundo lugar, para entusiasmo dos torcedores locais que faziam enorme barulho nas lotadas arquibancadas.
Enquanto Ledecky “brincava” na piscina, Kirpichnikov também vinha tranquila na segunda posição, enquanto italiana e alemã disputavam um lugar no pódio lado a lado. Na reta final, a francesa resistiu para confirmar a prata. A disputa particular pelo bronze terminou com Alemanha na frente da Itália.
“Eu queria mais baixo, a gente nunca sai satisfeito de uma prova, alto rendimento é isso. Foi a segunda melhor marca da minha vida, errei muitas coisas, viradas muito perto, e infelizmente hoje não deu”, afirmou Dizotti, ao SporTV, sem esconder o otimismo para o futuro. “Na Olimpíada passada fiquei no 24º lugar, agora estou em 7º, na próxima podemos sonhar maior”, afirmou, já prevendo evolução em Los Angeles-2028.
Apesar de não ter conseguido fazer a marca que esperava, Dizotti não escondeu que está virando referência para os mais jovens na natação. “Na minha prova, nenhuma pessoa chegou onde cheguei, então acho que as categorias de base terão alguém para se espelhar, já estamos fazendo história e deixando nossa marca para a base.”
Leia Também: Evandro e Arthur vencem com facilidade no volêi de praia e encaminham vaga em Paris