RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Juliette Freire contou que durante muitos anos teve um diário, que servia também com um “caderno de culpa”. Ali, a então maquiadora e estudante de direito anotava tudo relacionado às suas ações e reações como se fosse uma análise pessoal.
A campeã do BBB 21 lembrou que uma das atitudes que a incomodava bastante era ter relações sexuais com homens que não tinha intimidade.
“Eu tinha um caderno de culpa e entendia quando sentia isso, eu precisava anotar para me analisa. Um exemplo: Falei uma coisa ruim para meu irmão, uma culpa grave”, começou Juliette. “Fiz sexo com uma pessoa que eu nem tinha tanta intimidade, culpa grave. Comecei a entender de onde vinha essa culpa e comecei a equilibrar. Eu fazia a minha análise”, reconheceu a cantora em entrevista ao podcast E Você, de Manuela Xavier.
Por conta do caderno, Juliette disse ter conseguido construir limites e “uma ética meio que própria” que não a machucasse nem ao outro. “Não é uma ética imposta. Às vezes o que é ético para mim, pode não ser para outra pessoa. Isso me faz bem. Eu sinto que estou equilibrada”.
Juliette disse que conseguiu também mudar suas atitudes a partir das suas anotações. “Comecei a trabalhar isso. Existe a preocupação com o outro, o sentimento de empatia, igualdade, mas existem outras coisas e eu tento equilibrar. Hoje me sinto muito mais desprendida de culpa em relação a minha família, talvez porque eu tenha conseguido ajudá-los”, pontuou sobre a autoanálise.
Ela prosseguiu: “Me sinto mais livre para viajar, para comprar uma roupa, gastar, para usufruir de algumas coisas, exercer minha intelectualidade plena sem me sentir culpada”.
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