Josef Fritzl, que manteve filha como escrava sexual, poderá ser libertado

Josef Fritzl, o homem que manteve a filha Elisabeth em cativeiro durante 24 anos, engravidando-a várias vezes, poderá ser libertado em breve.

O homem, que agora tem 88 anos, foi condenado a prisão perpétua em 2009 por crimes de estupro, escravidão e homicídio por negligência. No entanto, uma avaliação psiquiátrica recente concluiu que ele não é mais uma ameaça pública e, portanto, poderia ser libertado em liberdade condicional.

A advogada de Fritzl, Astrid Wagner, confirmou que está  processando o pedido de liberdade condicional.

“Se o pedido for aprovado, o que presumo que será o caso, gostaria de garantir que ele é colocado num lar para pessoas frágeis”, disse Wagner.

Heidi Kastner, a psiquiatra que elaborou o relatório que concluiu que Fritzl não é mais uma ameaça pública, disse que o homem poderia ser transferido da prisão para um lar de idosos, onde passaria os últimos anos de vida.

Fritzl parece confuso nas entrevistas que concede, falando em visitas familiares que nunca aconteceram. Há ainda relatos de que ele sofreu várias quedas na prisão e que necessita de um andador.

O caso de Josef Fritzl chocou o mundo em 2008, quando Elisabeth conseguiu escapar do cativeiro.

Elisabeth desapareceu em 1984, quando tinha apenas 18 anos. Durante mais de duas décadas, esteve mantida em cativeiro numa cela construída pelo pai no porão da própria casa e foi abusada sexualmente de forma repetida.

Durante esse tempo nasceram sete crianças da relação incestuosa, tendo um dos filhos morrido com problemas respiratórios e sido cremado por Josef Fritzl.

Três das crianças ficaram em cativeiro com a mãe e as outras três foram colocadas à porta de casa para fingir um abandono por parte de Elisabeth.

O caso foi denunciado após a filha mais velha ter adoecido gravemente e sido deixada no hospital por Josef Fritzl. Após os médicos não conseguirem perceber o seu histórico clínico, foi emitido um apelo nas televisões para que a mãe da jovem se dirigisse ao hospital. O apelo foi visto por Elisabeth, que conseguiu convencer Josef Fritzl a levá-la ao hospital e, depois de lhe garantirem proteção, contou toda a história.

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