SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um homem de 64 anos foi preso por suspeita de matar a tiros a ex-mulher, uma biomédica de 40 anos, em São João del Rei (MG), na sexta-feira (10).
A vítima foi encontrada morta dentro do próprio carro, na garagem do prédio onde morava. Câmeras de vigilância da rua mostram o momento em que o ex-marido aproveita a ocasião em que a mulher abre o portão da garagem para abordá-la.
Mulher pediu para não morrer. Segundo informações da Polícia Militar de Minas Gerais, testemunhas relataram que, após ter acesso ao interior da garagem, o suspeito gritou para a vítima descer do veículo, enquanto ela pedia para não morrer. Em seguida, foram ouvidos cinco disparos -quatro atingiram a biomédica na região do tórax. Ela morreu no local.
Cunhado da vítima disse que ela já havia sido ameaçada. Ele explicou aos policiais que a biomédica e o suspeito viveram um relacionamento por cerca de 14 anos, mas os dois vinham tendo desentendimentos verbais por causa da separação e a guarda do filho do casal. Ainda segundo o cunhado, o homem havia feito ameaças de morte à biomédica.
Suspeito tentou fugir para o Rio de Janeiro, mas foi preso na região de Juiz de Fora e confessou o crime, segundo a polícia. Ele alegou que o relacionamento havia se desgastado por supostas traições por parte da vítima e que, no dia do crime, teria ido até o local para pedir para reatar a relação, mas a vítima não aceitou, o teria “destratado, humilhado”, chamando-o de “velho e gordo”, fato que o teria feito “perder o juízo” e a matado.
Arma usada no crime não foi localizada. O homem disse que se desfez da pistola em uma região de matagal ao tentar fugir, a polícia fez buscas na área indicada, mas a arma não foi encontrada.
Homem foi preso em flagrante e conduzido ao DP de São João del Rei. O caso é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais. Como o suspeito não teve a identidade divulgada, não foi possível localizar sua defesa para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
EM CASO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 -Central de Atendimento à Mulher- e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.