BRUNO LUCCA E PHILLIPPE WATANABE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Adriana Rodrigues, mãe de Leonardo Rodrigues Nunes, 24, que foi assassinado em São Paulo, nesta semana, relembra das mensagens que o filho mandava e diz que a luta da comunidade LGBT também é dela.
O jovem foi encontrado baleado no final da noite de quarta-feira (12), na rua Rolando, na Vila Natália, região do Sacomã, zona sul de São Paulo.
“Tá doendo demais. Hoje não recebi mensagem dele de bom dia. Tá difícil, a ficha não caiu. Por que meu filho, meu Deus? Por quê?”, diz Adriana.
Ela diz que, assim como alguns amigos da vítima, suspeita que o homicídio foi motivado por homofobia e cobra agilidade nas investigações. “Essa luta, pela comunidade LGBT, agora é minha. Vou fazer de tudo por Justiça”, afirma Adriana.
Segundo a Polícia Militar, policiais foram acionados por volta das 23h30 para uma tentativa de roubo. No local, foram avisados que dois homens em uma moto abordaram Leonardo, que teria reagido. Houve disparo de tiros por quem estava na moto, e a fuga em seguida. O homem baleado foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levado até o Hospital Ipiranga.
Segundo infirmações do boletim de ocorrência, Leonardo havia marcado um encontro por um aplicativo. Por precaução, ele havia compartilhado a localização com um amigo e também havia avisado um possível horário para retorno.
Evelyn Miranda, 23, amiga de Leonardo, diz que o jovem saiu de casa, no Cambuci, no centro, por volta das 23h do dia 12 de junho, e que chegou a brincar, com um outro amigo, que se não voltasse até as 2h, deveriam acionar a polícia.
Após o desaparecimento de Leonardo, os amigos teriam buscado o perfil do homem com quem o encontro havia sido marcado e percebido que a conta havia sido apagada.
Neste sábado (15), a pasta disse que morte de Nunes será investigada por meio de inquérito policial instaurado pela Divisão de Homicídios do DHPP. “Diligências estão sendo realizadas para a identificação e localização dos suspeitos. Demais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, afirmou a secretaria.