Greve na Lufthansa e em trens de passageiros ameaçam paralisar a Alemanha

A greve dos tripulantes de cabine da Lufthansa está causando grandes transtornos para os passageiros na Alemanha. Segundo a companhia, 600 voos foram cancelados no aeroporto de Frankfurt, afetando cerca de 70.000 passageiros. Em Munique, o segundo maior aeroporto do país, 400 voos foram cancelados, impactando 50.000 passageiros.

O sindicato UFO convocou 19.000 trabalhadores da Lufthansa e da Lufthansa Cityline para a greve. Eles exigem um aumento salarial de 15% em um novo acordo de 18 meses e um pagamento único de até 3.000 euros por trabalhador para compensar a inflação.

Na semana anterior, uma greve do pessoal de terra convocada pelo sindicato ver.di também causou transtornos.

Nos trens alemães, a greve dos maquinistas também está causando problemas. A empresa alemã de ferrovias (Deutsche Bahn) anunciou um plano de contingência que garante a circulação de apenas um quinto dos percursos. Os comboios locais e suburbanos de algumas cidades, como Berlim, também serão afetados pela greve.

Esta é a sexta greve dos maquinistas no contexto das negociações para um novo acordo laboral. A empresa tentou, sem sucesso, impedir a greve através dos tribunais e recorreu a um tribunal superior, alegando que a medida não respeita o princípio da proporcionalidade, pois foi anunciada em cima da hora, dificultando a elaboração de um plano de emergência.

O Sindicato dos Maquinistas (GDL) exige a redução da semana de trabalho para 35 horas, o que constitui o principal ponto de conflito entre os representantes dos trabalhadores e a empresa. A empresa propôs uma redução gradual para 36 horas, o que foi rejeitado pelo sindicato.

A situação é complexa e ainda não há previsão de quando as greves terminarão. As negociações entre os sindicatos e as empresas continuam, mas ainda não há um acordo.

Os passageiros que foram afetados pelas greves devem entrar em contato com as companhias aéreas ou ferroviárias para obter informações sobre seus voos ou trens.

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