O aumento de 2,60% no preço da gasolina exerceu a maior pressão individual sobre a inflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Porém, a queda de 6,51% na passagem aérea ajudou a arrefecer o ritmo de alta de preços ao consumidor.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta 0,61% em janeiro para uma elevação de 0,55% em fevereiro. Duas das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Educação, Leitura e Recreação (de 2,59% em janeiro para -1,17% em fevereiro) e Alimentação (de 1,54% para 1,06%). As principais contribuições partiram dos itens cursos formais (de 6,65% para 0,00%) e hortaliças e legumes (de 10,08% para 5,75%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Transportes (de -0,17% para 0,87%), Despesas Diversas (de 0,19% para 2,05%), Habitação (de 0,10% para 0,32%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,30% para 0,56%), Vestuário (de -0,27% para 0,34%) e Comunicação (de 0,13% para 0,43%). As maiores influências partiram dos itens: gasolina (de -0,66% para 2,60%), serviços bancários (de 0,09% para 3,51%), aluguel residencial (de -1,24% para 2,98%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,04% para 0,95%), roupas (de -0,34% para 0,33%) e mensalidade para TV por assinatura (de -0,37% para 1,47%).
Núcleo do IPC-DI
O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,42% em fevereiro, após um aumento de 0,37% em janeiro. Dos 85 itens componentes do IPC, 37 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 63,87% em janeiro para 65,48% em fevereiro.
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