A Polícia Civil de São Paulo prendeu na quarta-feira, 13, oito suspeitos de integrarem a “Gangue da Pedrada”, como são conhecidos os grupos que quebram vidros de carros para roubar celulares na região central de São Paulo.
Os policiais pediram à Justiça e obtiveram mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos em dois apartamentos de um mesmo prédio na região central. Em um dos imóveis foram encontrados e apreendidos 11 celulares (dois deles com registro de roubo), computadores e máquinas de cartão.
Ali estavam os oito suspeitos, que foram presos em flagrante e vão responder por associação criminosa, receptação e invasão de dispositivo informático. Dos oito presos, sete já tinham passagens pela polícia e um estava em saída temporária. O nome deles não foi divulgado.
No outro apartamento, onde não havia ninguém, foram encontradas várias porções de drogas, como maconha e cocaína, prontas para serem vendidas, além de munições e uma granada. Tudo foi apreendido, e a polícia ainda investiga a ligação dos presos com o material apreendido nesse imóvel.
A “Gangue da Pedrada”, também chamada “Gangue dos Quebra-vidros”, é um grupo que rouba celulares principalmente de dentro de veículos em trânsito, em geral quando parados em semáforos ou no congestionamento. Eventualmente os criminosos também roubam pedestres que estão caminhando ou parados distraídos usando o celular.
No Viaduto Julio de Mesquita Filho, na região da Bela Vista, no centro da capital, criminosos até se apelidaram de Bonde do Elevado. A ação dos criminosos chama atenção pela rapidez. A TV Globo chegou a divulgar imagens que mostram a atuação de gangues em plena luz do dia.
Segundo a polícia, após o roubo o aparelho é entregue a outros integrantes do bando, que são responsáveis por acessar os aplicativos bancários para invadir as contas das vítimas e transferir dinheiro. Depois, os celulares são vendidos como se não fossem produto de roubo.
No início de agosto, outros oito acusados de integrar uma quadrilha desse tipo foram presos pelos policiais do 1º DP. O grupo foi flagrado entrando em um prédio que era usado como ponto de encontro e “escritório” dos criminosos. Com eles foram apreendidos vários itens roubados, como telefones celulares, e instrumentos usados nos crimes, como máquinas de cartão, bicicletas e um artefato para quebrar vidros de automóveis.