SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – A fronteira entre Gaza e o Egito, em Rafah, foi fechada nesta quarta-feira (8) por questão de segurança, informou o governo dos Estados Unidos.
O motivo do fechamento não foi detalhado, mas o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedan Patel, disse que autoridades dos EUA estão trabalhando com Egito e Israel pela reabertura.
“Nosso entendimento é que, dadas as circunstâncias de segurança, a passagem da fronteira de Rafah permanece fechada hoje”, disse Patel durante uma coletiva de imprensa regular.
Rafah é o único ponto de entrega de ajuda humanitária desde o início da guerra entre Hamas e Israel. A cidade é controlada pelo Egito e não faz fronteira com Israel.
A fronteira também está sendo usada para a saída de estrangeiros. O local foi fechado no fim de semana após um ataque de Israel a uma ambulância, e foi reaberta na segunda-feira (6).
BRASILEIROS AGUARDAM LIBERAÇÃO
Desde o começo da evacuação de estrangeiros pelo ponto de Rafah, em 1º de novembro, nenhum brasileiro foi autorizado a deixar Gaza em direção ao Egito.
Um avião da Presidência está de prontidão no Egito para trazer 34 pessoas de volta ao Brasil. Grupo inclui 24 brasileiros, 7 palestinos com RNM (Registro Nacional Migratório) e 3 palestinos. Do total, 18 são crianças, 10 são mulheres e 6 são homens.
O cônsul geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, negou que Israel atrase deliberadamente a saída: “Apesar das declarações recentes, o Hamas é o único fator atrasando a saída dos brasileiros de Gaza por seus próprios interesses”, declarou o cônsul, sem citar a quais críticas se referia.
Erdreich afirmou que a cota de estrangeiros liberados é acordada diretamente com o Egito, e que o grupo extremista “impediu estrangeiros de sair no domingo, na segunda-feira e na quarta-feira desta semana”, o que ele definiu como “uso cínico da população civil estrangeira”.