Após impor forte domínio desde o início da temporada, Max Verstappen terá seu primeiro “match point” para o tricampeonato mundial de Fórmula 1 neste fim de semana. O holandês já poderá ser campeão neste sábado, faltando seis corridas para o fim da competição. Se o título não vier na corrida sprint do GP do Catar, o piloto da Red Bull terá grande chance de sacramentar o troféu no domingo, no Circuito Internacional de Lusail, nos arredores de Doha.
No total, são 180 pontos em disputa até a bandeirada final do GP de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, última etapa da competição, no dia 26 de novembro. A conta inclui os 26 pontos possíveis que cada vencedor de corrida pode receber (25 da vitória e mais um pela volta mais rápida, se for o caso) e mais oito pontos para o piloto que chegar em primeiro nas três corridas sprint desta reta final da temporada.
De forma geral, Verstappen se tornará o novo tricampeão da F-1 se somar três pontos a mais que Sergio Pérez, seu companheiro de equipe, ao longo do fim de semana no Catar. O mexicano é o único piloto que pode impedir o tri do holandês nesta temporada. Pérez tem chances remotas de título porque Verstappen, mesmo em caso de fracasso total no Catar, continuará a apenas três pontos do título, com mais cinco etapas, incluindo duas corridas sprint, até o fim do campeonato.
O holandês já começará a fazer contas no sábado, a partir das 14h30 (de Brasília), hora da largada da sprint. Ele confirmará o título se terminar a corrida curta, cuja distância total é de 100 quilômetros, ao menos na sexta colocação. Mesmo se o favorito for mal, Pérez precisa finalizar em terceiro para adiar a briga pelo troféu.
Se Verstappen for mal na corrida sprint (ele não costuma dar 100% nestas provas menores), a disputa pelo título da temporada será adiada por apenas 24 horas, mesmo num cenário improvável, de vitória de Pérez e de zero ponto para o holandês. No domingo, a partir das 14h (de Brasília), Verstappen vai entrar na pista sabendo que precisará apenas de um oitavo lugar para festejar o tricampeonato, independente do resultado do companheiro de time na corrida.
MILAGRE MEXICANO
Não é segredo que as chances de título de Pérez são remotas nesta temporada. Em termos matemáticos, ele precisa reduzir a vantagem de Verstappen no campeonato de 177 para 145 pontos. Se sair do Catar com uma distância de 146, perderá o título porque o máximo que poderia alcançar é o empate na pontuação final. E o holandês levaria vantagem nos critérios de desempate por ter maior número de vitórias.
O atual bicampeão mundial soma nada menos que 13 vitórias em 16 etapas disputadas até agora. Ele já bateu o recorde de triunfos consecutivos na história da F-1 ao emplacar 10 neste ano. A marca só foi interrompida no GP de Cingapura, em um atípico fim de semana da Red Bull.
A conquista do tri parece ser apenas uma questão de tempo, tal o domínio do holandês na temporada. Quando confirmar a conquista, Verstappen entrará no seleto grupo de tricampeões da F-1, algo compartilhado apenas com os brasileiros Ayrton Senna e Nelson Piquet, o escocês Jackie Stewart, o austríaco Niki Lauda e o australiano Jack Brabham.
Curiosamente, Verstappen poderá igualar Piquet, pai da sua namorada, Kelly Piquet. Acima de Verstappen, estarão o alemão Sebastian Vettel e o francês Alain Prost, ambos tetracampeões mundiais; o argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão; e o inglês Lewis Hamilton e o alemão Michael Schumacher, ambos heptacampeões.