A Copa Libertadores da América terá ao menos um brasileiro na final desta temporada. Um dos duelos das semifinais será entre Fluminense e Internacional, que farão o primeiro jogo nesta quarta-feira, às 21h30, no Maracanã, no Rio. A partida de volta está marcada para quarta-feira (dia 4), às 21h30, no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).
Quem vencer no placar agregado, avança à final, enquanto um empate leva a definição da vaga aos pênaltis. O adversário sairá do duelo entre Palmeiras e Boca Juniors, que começam a disputa na quinta-feira, às 21h30, na La Bombonera, em Buenos Aires, na Argentina.
Mesmo caindo no grupo do River Plate e não vencendo nas últimas três rodadas, o Fluminense garantiu a liderança do Grupo D, com dez pontos, na primeira fase. No mata-mata, passou por Argentinos Juniors, da Argentina, e Olimpia, do Paraguai. Diante dos argentinos, os tricolores empataram o primeiro jogo, por 1 a 1, e depois venceram por 2 a 0. Já contra os paraguaios, a classificação veio com duas vitórias: 2 a 0, em casa, e 3 a 1, fora.
O trunfo do Fluminense é seu retrospecto em casa na competição. Em cinco jogos, conquistou quatro vitórias e um empate, ou seja, está invicto. Na temporada, também não ignorou o Brasileirão, ocupando a quinta colocação com 41 pontos.
O técnico Fernando Diniz só tem um dúvida: a condição do meia Paulo Henrique Ganso. O maestro do time vem sofrendo com dores no joelho. Se tiver condições, será titular e a escalação que goleou o River Plate por 5 a 1 na fase de grupos, em maio, será repetida pela primeira vez.
Naquele jogo, o atacante Keno saiu lesionado e, depois, Alexsander também se machucou. Se Ganso não puder jogar ou iniciar no banco, John Kennedy será titular.
Diniz garantiu que o elenco está se empenhando ao máximo e que sabe o potencial que tem em mãos. “O time está bem consciente do que tem. É uma jornada que começou ano passado e estamos nos empenhando ao máximo. Esperamos poder contar com todos para fazer o melhor jogo possível. São dois jogos de casa cheia. Estão todos muito focados e esperamos entregar o nosso máximo.”
O Internacional também terminou a fase de grupos na liderança do Grupo B, com 12 pontos, de forma invicta. No mata-mata, surpreendeu ao eliminar o River Plate e, depois, passou pelo Bolívar, da Bolívia. Contra os argentinos, o time brasileiro perdeu o primeiro jogo por 2 a 1, mas devolveu o placar em casa e venceu a disputa de pênaltis por 9 a 8. Diante do Bolívar, mesmo na altitude de La Paz, venceu por 1 a 0 e, como mandante, fez 2 a 0.
O retrospecto do Internacional jogando fora de casa nesta edição tem cinco jogos, com duas vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Entretanto, o time foi se concentrando na competição continental e está em uma posição modesta no Brasileirão: 13º com 29 pontos, apenas quatro a mais do que o Bahia, que abre a zona de rebaixamento, em 17º com 25.
Para montar o time, o técnico Eduardo Coudet não deve inovar muito, mas fará alterações, já que conta com retornos importantes. O zagueiro Vitão e o volante Johnny, recuperados de lesão, devem entrar como titulares, mesmo após um mês sem jogar. Outra novidade será Hugo Mallo na lateral-direita no lugar de Fabricio Bustos. A justificativa é que o espanhol tem características mais defensivas, que poderão ser de ajuda para segurar Marcelo e Keno, adversários que atuam pelo lado esquerdo.
Coudet fez elogios a Diniz e ao Fluminense e espera um grande jogo. “O Fluminense é um grande time, que vem fazendo bons jogos. Tem um treinador que está há bastante tempo, com uma ideia clara. É uma ideia que gosto. Admiro ele. Sempre pergunto para o Lucho (González), que foi treinado por ele, se tem algo que podemos roubar. Com certeza será um grande confronto.”