Filipe Luís vê erro de Wesley em treta na ‘vitória artística’ sobre Vasco

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Filipe Luís, técnico do Flamengo, viu erro do lateral Wesley em lance que gerou confusão no fim do clássico com o Vasco, na noite deste sábado (15), no Maracanã. O treinador, por outro lado, enalteceu a postura do time no que considerou uma “vitória com nota artística”.

 

“O jogo foi limpo, no minuto 95 aconteceu essa jogada que o Wesley pediu desculpa. Ele sabe que ele está errado. Eu adoro jovens, gosto que sejam abusados, que vão para cima, mas que não desrespeitem. Isso é normal, eu já fiz muito isso. Já estive na pele dele, a gente aprende”, disse Filipe Luís.

“Normalmente são os jovens, eles vão passar por isso e vai dar confusão porque são clássicos. O jogo foi limpo, totalmente respeitoso, não posso dizer o mesmo do [clássico contra o] Botafogo. Respeito máximo pelos jogadores do Vasco. Vencemos na bola, o jogo foi todo na bola”, completou.

O comandante do Flamengo avaliou que o time “está muito bem” e que o “nível de confiança está altíssimo”.

“Foi um grande jogo, uma vitória com nota artística, como um técnico meu [Jorge Jesus] costumava dizer. Os jogadores estão com um nível de confiança altíssimo, estão muito bem. Meu time está muito bem. Temos que manter nesse nível de humildade, concentração, porque a temporada nem começou ainda. Foi um grande primeiro tempo, dominou em todas as fases, com e sem bola. Pressão alta, quando teve que baixar o bloco, todo mundo desceu”, completou.

O que mais ele falou
Segundo tempo do jogo. “No segundo tempo, é natural que (Carille) fizesse mudanças táticas que causaram certo incômodo nos jogadores, que perderam certas bolas que não estavam perdendo no primeiro tempo. Acabamos correndo um pouco atrás da bola. Quando recuperávamos, já verticalizávamos, o que nos fez perder um pouco o controle. Depois das trocas, principalmente as entradas do Allan e do Léo (Ortiz), o time voltou a ter o controle e a calma para construir as jogadas. A partir daí, foi um domínio absoluto até o fim”

“Quando começou o segundo tempo eu vi como e por que eles estavam saindo da pressão. Eu já tinha combinado de Varela e Arrascaeta não jogarem mais que 60 minutos. O Arrascaeta ganha forma jogando mais minutos. Combinamos para dar ritmo. Alguns jogadores não estavam chegando certo, estávamos caindo na pressão. O jogo começou a ficar de ida e volta e começou a cansar os atletas. Foi rápida a leitura, mas já estava pensado. Os jogadores que entraram nos deram controle de jogo, chances de gol”.

Fase do Wesley: “Momento esplêndido. Tem ajustes a melhorar, ele mesmo pede isso. Melhorou muito algumas coisas. O terço final ele faz bem, algumas coisas não consegue. Essa frieza na área é algo que eu nunca tive em 20 anos de carreira. Eu sempre acreditei porque sempre me falaram em como os atacantes iriam estar na área. Eu falo isso para o Wesley, ele faz tudo. Está naquele momento que tudo dá certo, a confiança está lá em cima e temos que manter”.

Planejamento da temporada. “Planejamos com duas semanas de adaptação, mas interrompemos para um jogo decisivo (Supercopa). Estou tentando dar minutos para todos os jogadores. No entendimento da preparação física alguns precisam de mais minutos. Não consegui dar sequência para o Cebolinha e Luiz Araújo, que vêm de lesões… Agora vem o jogo do Maricá, depois a semifinal, e vamos continuar usando todos os jogadores para chegar bem no Brasileirão. Não penso em um time titular. A temporada é longa. Temos alguns problemas por lesões, é natural que aconteça no futebol. Temos que saber respeitar os processos. Estou bem suprido com esse elenco. Depende muito também do plano de jogo, se eles correrem errado, tudo vai dar errado”.

Definição da equipe titular. “O time titular é feito durante a semana dependendo do que os jogadores falam para mim no campo. Não posso decidir o time titular de daqui a duas semanas. Os clássicos, além de preparem fisicamente, têm um peso enorme. Todos foram pesados porque tem o componente emocional, fazem o jogador ir ao máximo. Três clássicos seguidos são muitos. Acredito que os jogadores já estão prontos. Para mim o principal é dosar para os atletas chagarem no Brasileirão prontos”.

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