Ex que acusa Caio Paulista de agressão solicita medida protetiva

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Ana Clara Monteiro, 21, ex-companheira de Caio Paulista,e que acusa o jogador do Palmeiras de agressão, solicitou medidas protetivas na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na última terça-feira (17). O atleta nega todas as acusações de violência doméstica.

 

Após prestar depoimento à polícia, Clara concordou em solicitar medidas judiciais urgentes de proteção contra o atleta. Em casos de violência doméstica, um juiz pode emitir em cerca de 48h uma ordem de afastamento do agressor do lar ou do local onde convive com a agredida.

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual a reportagem teve acesso, Clara ainda mora no antigo apartamento do casal, que fica no mesmo prédio em que Caio Paulista mora com a mãe, no Tatuapé. Ele teria alugado duas residências na mesma torre para manter os familiares próximos.

Por conta disso, tanto o jogador quanto os parentes ainda teriam o leitor biométrico do apartamento no qual ela reside com a filha, fruto do relacionamento dos dois.

Essa proximidade entre os dois estaria causando momentos de medo e constrangimento para Clara. No BO, a tatuadora contou que, recentemente, dividiu o elevador com Caio, que teria chegado em casa acompanhado da atual namorada.

COMO FUNCIONAM AS MEDIDAS PROTETIVAS

Segundo o Art. 12-C, da Lei Maria da Penha, uma vez “verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida”.

Além disso, o agressor pode ser:

  • proibido de se aproximar ou manter contato com a agredida, seus parentes e as testemunhas da agressão;
  • proibido de frequentar determinados lugares, como a casa ou o trabalho da agredida;
  • obrigado a pagar alimentos à mulher e aos filhos comuns.

O QUE DIZ A DEFESA DE CLARA

No dia desta quarta-feira (18), 17 de setembro de 2024, em procedimento conduzido pela Delegada de Polícia Dra. Cristine Nascimento G. Costa, da Delegacia de Defesa da Mulher (01ª DDM), nossa cliente Clara Monteiro prestou depoimento para apuração dos fatos referentes às agressões sofridas por ela durante seu relacionamento com o Sr. Caio Fernando de Oliveira, noticiadas no último sábado, dia 14 de setembro de 2024, em suas redes sociais.

Sobre a ação na esfera cível, tendo em vista que o processo tramita sob segredo de Justiça, não serão reveladas mais informações além das já noticiadas na nota anterior.

No momento oportuno serão prestadas atualizações sobre os desdobramentos do caso.

O QUE DIZ A DEFESA DE CAIO PAULISTA

A advogada Ana Beatriz Saguas passou a representar, a partir desta terça-feira, 17 de setembro, o jogador Caio Paulista no que diz respeito às supostas acusações de agressão por parte da mãe do seu terceiro filho.

“Estamos recebendo de forma voluntária diversos relatos que desmentem as versões de agressões e comprovam a inocência do Caio. Quando tivermos acesso ao depoimento que foi dado na Delegacia da Mulher, vamos nos posicionar publicamente. Aproveito para informar que estamos compartilhando todas essas informações com o Palmeiras, e que a advogada Sônia Canale segue defendendo o Caio no processo que corre em segredo de Justiça na Vara de Família”, afirmou a advogada Ana Beatriz Saguas.

O QUE DIZ O PALMEIRAS

A Sociedade Esportiva Palmeiras esclarece que, tão logo tomou conhecimento sobre a carta aberta publicada pela mãe de um dos filhos do atleta Caio Paulista em uma rede social, o jogador foi convocado pela diretoria para uma reunião, ocorrida na noite de sábado. Questionado a respeito do relato e das imagens divulgados, Caio Paulista negou ter cometido qualquer agressão e disse não haver processo ou investigação contra ele na esfera criminal. É de conhecimento público que o Palmeiras não tolera qualquer forma de violência e tem no respeito pela mulher um de seus valores fundamentais. Todos os colaboradores do clube devem seguir as normas de conduta estabelecidas internamente, que preveem diferentes medidas punitivas, a depender da gravidade do fato e da comprovação penal. O Palmeiras seguirá acompanhando o caso com a devida atenção.

EM CASO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 – Central de Atendimento à Mulher – e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

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