(FOLHAPRESS) – O empresário morto neste sábado (16) durante uma troca de tiros com um policial civil no Jardim América, na zona oeste de São Paulo, foi identificado como Rogerio Saladino dos Santos, 56.
Outras duas pessoas também morreram no tiroteio -a policial civil Milene Bagalho Estevam, 39, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), e um vigilante de 49 anos que seria funcionário do empresário.
Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo indicam que Rogerio Saladino dos Santos era sócio da Biofast Diagnóstico S.A., uma empresa com atuação na área de laboratórios e com sede no Jaguaré, na zona oeste da capital.
De acordo com dados da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), a empresa, fundada em 2004, atua principalmente na cidade de São Paulo, na Bahia e no Ceará.
As investigações apontam que uma dupla de policiais civis estava na rua da casa do empresário na tentativa de obter informações sobre um furto ocorrido na região. De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), Saladino recebeu a policial a tiros.
“A policial e um colega estavam fazendo diligências na rua para colher pistas sobre um furto ocorrido no dia anterior, quando a vítima tocou a campainha de uma casa para pedir ao proprietário imagens das câmeras de segurança. O dono da casa, um empresário de 56 anos, recebeu a policial a tiros”, diz a SSP, em nota.
“O colega dela reagiu e acertou o atirador. Um funcionário, de 49 anos, pegou a arma do chão para atirar nos policiais e também foi baleado”, acrescenta a secretaria.
A policial e o empresário chegaram a ser socorridos, mas morreram no hospital. O vigilante morreu no local.
A SSP afirma que as quatro armas envolvidas na ocorrência –duas dos dois policiais civis e duas do empresário– foram apreendidas e que o local passou por perícia.
Diz, ainda, que Saladino tinha “passagens por homicídio, lesão corporal e crime ambiental” e que “porções de drogas” foram encontradas na casa do empresário.
Não foram dados detalhes sobre quando os crimes teriam ocorrido, nem se Saladino chegou a ser condenado por algum deles. A reportagem tentou contato com um advogado identificado em um processo de 2016 no qual o empresário esteve envolvido, mas não obteve retorno.
Quanto à droga encontrada na casa de Saladino, a SSP não especificou a quantidade apreendida, nem o tipo de entorpecente.
O caso foi registrado como homicídio e morte decorrente de intervenção policial na Divisão de Homicídios do DHPP, que investigará o caso.
Milene estava na Polícia Civil havia sete anos e atualmente trabalhava no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Ela deixa uma filha de cinco anos. Neste domingo (17), uma homebnagem à policial foi publicada no perfil da Polícia Civil no X, antigo Twitter.