Um homem de 49 anos morreu na manhã desta quinta-feira, 12, depois de realizar um salto de paraquedas e se chocar contra o solo no momento do pouso, em Boituva, interior de São Paulo.
Segundo informações da Polícia Militar, o acidente aconteceu na Avenida Mario Pedro Vercellino, no final da tarde de quarta,11. A vítima, identificada como Humberto Siqueira Nogueira, foi socorrida para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), ele teria saltado de um centro de paraquedismo de Boituva, que tem um histórico de tradição no esporte, e onde funciona o Centro Nacional de Paraquedismo (CNP).
De acordo com a pasta, a Polícia Civil do município instaurou inquérito policial para investigar a morte do paraquedista, e a perícia foi enviada ao local do acidente. “Diligências prosseguem visando à elucidação dos fatos”, afirmou a secretaria em nota.
Humberto Nogueira era de Goiânia, e se apresentava nas redes sociais como empresário do ramo da construção civil e praticante de diferentes esportes radicais, como paraquedismo, alpinismo, snowboard, kitesurfe, entre outras atividades.
Nogueira também postava na internet fotos e vídeos praticando essas modalidades em diferentes locais do Brasil e do mundo.
A Confederação Brasileira de Paraquedismo, prestou uma homenagem ao empresários nas redes sociais. “Fly free (voe livre), Humberto Nogueira. Força à família e à nação paraquedista”, disse a entidade.
Acidentes em Boituva levaram à suspensão de centro de paraquedismo
Em julho do ano passado, o aluno da modalidade Andrius Jamaico Pantaleão, de 38 anos, morreu em Boituva depois de cair sobre o telhado de uma casa também em um salto de paraquedas. Era a quarta vítima na cidade, relacionada ao paraquedismo, em quatro meses.
Em abril, a sargento paraquedista do Exército Bruna Ploner morreu durante um salto com paraquedas de alta performance. E em maio, dois paraquedistas morreram e outros dez ficaram feridos após o pouso forçado de uma aeronave que decolou do Centro Nacional de Paraquedismo com 15 atletas a bordo.
A morte de Pantaleão levou a Justiça a acatar uma representação judicial feita pelo Polícia Civil e determinar, em julho do ano passado, a suspensão temporária do Centro Nacional de Paraquedismo, sob a alegação de que os voos, como acontecem sobre trechos de rodovias e áreas urbanas, não garantem a segurança da população.
O Centro Nacional de Paraquedismo foi reaberto no mês seguinte por meio de uma liminar expedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
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