Embraer estuda novo jato para concorrer com Boeing e Airbus, diz CEO

PELOTA, RS (FOLHAPRESS) – O CEO da Embraer, Francisco Gomes de Neto, afirmou que a fabricante brasileira tem planos de aumentar a linha de jatos regionais e executivos oferecida atualmente. Em entrevista à Bloomberg TV nesta quinta-feira (17), ele não descartou a produção de um concorrente para os jatos 737, da Boeing, e A320, da Airbus.

 

“Estamos fazendo estudos para um novo produto, mas ainda não temos planos concretos”, explicou ao ser questionado sobre as fabricantes rivais.
A agência Bloomberg afirma que analistas aeroespaciais há muito questionam se a Embraer, a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, entraria no mercado de jatos maiores dominados pela Boeing e pela Airbus -movimento que poderia custar dezenas de bilhões de dólares e levar anos para ser executado.

“Ainda não temos planos de crescer. Temos um portfólio muito jovem de produtos. Nosso foco agora é realmente vender os produtos que temos”, disse Neto durante a entrevista.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal americano The Wall Stret Journal neste ano, a Embraer está avaliando a possibilidade de criar uma nova aeronave do tipo chamado “narrow-body” -modelo com um único corredor e fuselagem estreita.

Após a repercussão, a fabricante brasileira disse que não tinha planos para “um ciclo considerável de investimentos neste momento”.

O novo avião seria um concorrente dos modelos 737 Max da Boeing e A320 da Airbus.

Neto acrescentou que a principal prioridade da Embraer agora é assinar acordos para jatos regionais, como o modelo E2, e sua linha de jatos executivos. De abril a junho deste ano, a Embraer entregou 47 aeronaves, uma a menos do que o patamar observado no mesmo período do ano passado.

Do total entregue no segundo trimestre, 27 eram jatos executivos, como o Phenom 300 e o Praetor 600, e 19 eram aviões comerciais. No mesmo trimestre, houve um aumento de 50,6% no lucro líquido ajustado na comparação com o mesmo período do ano passado. As receitas avançaram 23%.

Para este ano, a fabricante de aviões tem projeções de entrega de 72 a 80 aeronaves na aviação comercial e entre 125 e 135 jatos no segmento executivo.

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