O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que presidirá a instituição a partir de janeiro, afirmou nesta quinta-feira, 19, que a autoridade monetária está dando grande demonstração de força institucional com a sinalização de elevação dos juros nas próximas duas reuniões. As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado mais cedo.
“A materialização de alguns riscos retirou alguma incerteza da frente para a gente, permitindo que a gente conseguisse enxergar um pouquinho mais à frente. Em função de todas as razões aqui apresentadas, o tamanho do anúncio que a gente fez de um alta de 100 bps [basis points, ou, em português pontos-base] e prevendo mais duas altas de 100 bps fazia sentido e faz sentido para o orçamento que a gente imagina que é necessário nessa dose e nesse passo que a gente aqui anunciou”, afirmou Galípolo, numa referência à sinalização de mais duas altas de 1 ponto porcentual sinalizadas pelo BC na mais recente decisão de alta de juros.
Ele reiterou que é importante dizer que “não sobra nenhuma dúvida de que o Banco Central deu um passo claro na direção de colocar a taxa de juros em um patamar restritivo com alguma segurança”.
Galípolo disse que a autoridade monetária caminha nessa direção e foi esse o movimento pretendido com a indicação de novas elevações da Selic nas próximas reuniões.
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