(UOL/FOLHAPRESS) – O técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, confirmou quem será titular contra a Venezuela, pelas Eliminatórias da Copa, nesta quinta-feira (14). A escalação tem Gerson e não tem Paquetá.
Dorival mantém todos os nomes possíveis em relação à goleada por 4 a 0 sobre o Peru, em outubro. A diferença é a volta de Vini Jr, que substitui o lesionado Rodrygo, que foi cortado.
Desta forma, o Brasil vai a campo com: Ederson, Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner; Bruno Guimarães, Gerson e Raphinha; Savinho, Vini Jr. e Igor Jesus.
“Já tinha ideia da repetição, não tive dúvida em momento algum. É sobre Paquetá, Arana, André. Todos de muito bom nível, merecem respeito e terão oportunidades. André quando entrou deu resposta positiva, Paquetá vai reencontrar seu melhor momento, é tudo questão de tempo. A definição já havia acontecido [antes das lesões]”, disse Dorival, explicando os planos para o duelo desta quinta-feira, em Maturín.
“Ninguém deixa de ser titular. Preciso de decisões e definições, acredito que não podemos ignorar o momento do Gerson no Flamengo, um dos principais jogadores ao longo de um período considerável. Confio no Paquetá e ele sabe disso, na partida anterior a saída do Paquetá no Chile com a entrada do Gerson ganhamos mobilidade. Não por culpa de quem saiu, Paquetá tem muito bom nível e a minha confiança, nesta quinta-feira (14) de repente pode entrar e ser decisivo. Não especificamente na função do Gerson, ele tem essa característica, eu confio, e mesmo sem iniciar não é considerado reserva. Todos podem atuar a qualquer momento”, disse o técnico.
Dorival falou também sobre a possibilidade de chegar em 2025 com mais calma e retorno do Neymar. “A nossa situação não era totalmente favorável, viemos de uma posição lá atrás. Jogamos quatro nas Eliminatórias, com três vitórias e uma derrota, e não mudamos muito a situação na tabela. Temos ganhado gradativamente nesse processo, sempre respeitei nos clubes e resultados apareceram. Indo para o 13º jogo, é pouco para tudo aquilo que precisa acontecer e pouco tempo para desenvolver. Esse período é diminuído a cada momento, com jogadores já conhecendo mais o trabalho, buscando alternativas a cada jogo, funções diferentes e até imperceptíveis no olhar geral. Isso gera diferença grande e considerável na posse de bola, temos retomado a bola de forma rápida em todos os setores do campo. Nenhum perigo de gol nos dois últimos jogos, com exceção do gol do Chile. Nenhuma jogada de contra-ataque ou por dentro, envolvendo a última linha. Ganhamos mais volume ofensivo assim, que estava faltando desde a Copa América. Estamos tentando diminuir esse tempo para tornarmos a equipe mais segura, mas com alternativas ofensivas mais fortes, que sempre foram um diferencial no futebol brasileiro”.
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OUTRAS RESPOSTAS DE DORIVAL
Lesões
“Tivemos umas situações complicadas nos últimos tempos. Uma lesão em cima da outra, praticamente. Militão, Bremer? Neymar aí voltando. Faz parte do nosso trabalho, não é fácil passar por esse momento. Isso faz com que o jogador crie uma couraça, uma resiliência, e se fortaleça. Ninguém deseja [lesão], acabou acontecendo, e que todos possam voltar rapidamente e brigando por seus espaços”.
Venezuela
“Criam ambiente favorável nesse campo. A Venezuela tem crescido há muitos anos, trabalho sério desenvolvido e com valores por todo o mundo. Dentro do nosso Brasil, inclusive. Das cinco apresentações recentes, três vitórias e dois empates lá dentro, inclusive Uruguai e Argentina. Não será simples, esqueçam o que foram Venezuela e Bolívia no passado bem próximo. nesta quarta-feira (13) a ordem do futebol mundial muda muito, não preciso ficar falando. Tenho certeza que faremos um grande jogo, à altura da equipe, e acompanhando esse processo de evolução. Equipe deve oscilar um pouco ao longo desse processo, mas existe confiança pelo que vemos nos treinamentos e que possamos repetir em campo”.
Tempo para Copa
“Tentando repetir conceitos e comportamentos que estamos insistindo desde março. É uma situação diferente de clube. O entendimento que estamos tendo nesta quarta-feira (13) é diferente, mudando treinamentos, tentando atingir uma condição o mais rápido possível. Passamos imagens aos que estão chegando pela primeira vez e em campo a gente complementa. Não é simples, não é fácil, não é tranquilo. Espero que a equipe possa continuar melhorando nesse processo”.
Rodri x Vini Jr.
“Grande jogador, mas houve um equívoco para mim. Melhor jogador individualmente foi o Vini. Não deve voltar a esse momento, a maior conquista foi adquirir por completo a grande maioria do respeito do seu povo. Todos nós entendemos que houve um erro muito grande. Mais importante, decisivo e letal nas competições em que disputou. Continuará nessa busca, é um jogador que se reinventa a todo momento, que passou por várias situações e não perdeu a condição de ser protagonista. Que mantenha essa postura, continue melhorando. Talvez a grande conquista dele seja coletiva, e todos nós podemos ajudá-lo a conquistar daqui a algum tempo”.
Novos passos e Vini
“Se repetirmos comportamentos que tivemos nas últimas partidas, teremos caminho importante já andado. Serão dois jogos bem complicados, assim como Colômbia, Argentina e Equador depois. O futebol sul-americano cresceu muito de maneira geral. As equipes de baixo têm jogadores pelo mundo todo, ganharam espaço, são jogos mais disputados. Resultados de 1 a 0, apertados, surpreendentes. Equipes que não postulavam brigam por posição e uma dessas vagas à Copa. Com essas mudanças, temos que estar cada dia mais preparados. Se repetirmos tudo que fizemos nas últimas partidas, ganhamos mais corpo. Nada ainda está resolvido, de repente muita coisa pode mudar ao longo do processo, mas temos demonstrado um ganho, ainda que não o ideal. Nos aproximado de uma equipe mais segura e regular. Que possamos manter isso por dois grandes jogos”.
Critérios de convocação
“Temos jogadores espalhados em todos os clubes, jogadores importantes no futebol mundial. Jogadores altamente capacitados, reconhecidos mundialmente. Os melhores não estão unicamente lá fora. Você deve ter percebido que temos muitos jogadores aqui de dentro, poucos acreditavam que pudessem estar aqui. Outros merecem também, mas opto pelos 23 melhores de acordo com o que levantamos. Independe da idade, clube, país. Não tem problema. Vou convocador jogador de qualquer clube do futebol brasileiro ou as equipes que você citou. Goleiros trabalham mais pelo equilíbrio maior aqui, lá cada clube tem seleções mundiais a seu dispor e acabam sendo mais incomodadas. Mas têm competência para montar esquemas que dificultam para seus adversários. Por isso o trabalho um pouco mais qualificado”.
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