SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Disney irá investir em estratégias para evitar o compartilhamento de senha dos usuários pagantes do streaming com amigos e familiares, anunciou o presidente do conglomerado, Bob Iger.
O objetivo, segundo ele, será converter usuários que pegam senhas emprestadas em clientes pagantes. No primeiro semestre deste ano, a Disney +, streaming do estúdio, ganhou 800 mil novos assinantes, totalizando 105,7 milhões.
Mas nos Estados Unidos e Canadá, a Disney + perdeu 300 mil clientes, totalizando 46 milhões de usuários. O Hulu, controlado pela Disney, ganhou 300 mil assinantes e chegou a marca de 44 milhões, enquanto a ESPN + ficou praticamente estável em 25,2 milhões, segundo dados da revista Variety.
Atualmente, nos contratos de assinatura do Disney+, ESPN+ e Hulu, a única menção ao compartilhamento de senha é que os clientes não podem “compartilhar suas credenciais de login com terceiros”.
Mas não é abordado especificamente, por exemplo, se é permitido dividir senhas com amigos e familiares que não moram na mesma casa.
Quando questionado durante uma coletiva de imprensa sobre em que proporção o compartilhamento de senhas é um problema para a Disney, Bob Iger respondeu que os números são “significativos”. “O que não sabemos é quanto do compartilhamento de senha, quando eliminado, será convertido em crescimento de assinantes”, disse.
O presidente do conglomerado afirmou, porém, que a resolução do problema será uma prioridade no calendário de 2024. “Realmente achamos que é uma oportunidade para nos ajudar a expandir nossos negócios.”
Com o anúncio, a Disney segue os passos da concorrente Netflix, que em maio lançou o programa de compartilhamento pago em mais de 100 países, com o objetivo de forçar os usuários ilícitos de senhas a obter sua própria conta -ou fazer com que os clientes existentes adicionem os usuários não domésticos como um “membro extra”, o que aumenta o valor da assinatura.