(FOLHAPRESS) – A redução da taxa de desemprego no Brasil foi acompanhada por queda estatisticamente significativa apenas na região Sudeste na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2023.
Nessa região, o indicador recuou de 7,5% para 7,1%, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nas outras quatro, a taxa ficou relativamente estável.
No país, o desemprego recuou a 7,4% no quarto trimestre do ano passado, o menor nível para esse período desde 2014. O resultado nacional foi publicado pelo IBGE em 31 de janeiro.
Considerando a média anual, a taxa de desemprego brasileira foi de 7,8% em 2023. Também é a menor marca desde 2014, conforme a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
O levantamento do IBGE abrange tanto atividades formais quanto informais -dos empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.
O ano de 2023, que marcou o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve desempenho acima do esperado da atividade econômica, principalmente no primeiro semestre, quando houve impulso da safra agrícola.
Na visão de analistas, o comportamento positivo do PIB (Produto Interno Bruto) estimulou a abertura de empregos e ajudou a reduzir o desemprego.
Outro possível fator a frear a desocupação foi a saída de parte das pessoas do mercado de trabalho na comparação com o período pré-pandemia -envelhecimento da população e benefícios sociais teriam impacto nesse quadro.
A população considerada desempregada reúne pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse contingente nas estatísticas oficiais.
No quarto trimestre de 2023, o número de desempregados recuou a 8,1 milhões no Brasil.
Segundo analistas, a perspectiva de desaceleração da atividade econômica deve trazer ritmo menor para o mercado de trabalho ao longo de 2024. A projeção é de arrefecimento nos dados de emprego e renda neste ano, mas sem uma grande preocupação por ora.
Leia Também: Caixa começa a pagar Bolsa Família de fevereiro