Delegado é detido por desacatar e ofender PM no Ceará: "vagabundo"

Um delegado da Polícia Civil do Ceará foi detido na noite da última sexta-feira, 15, depois de discutir e ofender um subtenente da Polícia Militar, em um restaurante no bairro Varjota, em Fortaleza. O suspeito estava de folga e apresentava sinais de embriaguez, conforme um vídeo que registrou a briga, e que circula nas redes sociais.

Em nota, a Polícia Civil afirma, via Secretaria de Segurança Pública do Ceará, que “desaprova qualquer ato de desrespeito às demais instituições que compõem o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social” e “que eventuais comportamentos desrespeitosos isolados não refletem” as orientações e princípios da instituição. A identidade dos envolvidos não foi informada.

Nas imagens, é possível ver o delegado com as mãos para trás e ofendendo o policial militar, que estava em serviço. “Tu é quem? Tu é quem?”, perguntou o policial civil. “Eu sou subtenente da Polícia Militar e estou trabalhando”, respondeu o agente da PM.

“Eu sou delegado de polícia”, insistiu o homem detido por desacato. O PM retrucou: “Você está de folga. Você está bêbado”. O policial civil insiste na provocação: “Enquanto você prende cinco, eu prendo vinte”, comentou antes de ofender o militar e xingá-lo de “vagabundo” por mais de uma vez. “Você não pode fazer o que está fazendo, não”, disse o subtenente.

A Secretaria de Segurança do Estado e as polícias militar e civil não informam como a discussão começou. Mas, conforme o jornal O Povo, do Ceará, o entrevero teria iniciado depois que a PM foi acionada até o restaurante para verificar o caso de um policial que estaria armado e tumultuando o ambiente.

O delegado foi detido por desacato, e encaminhado para o 2º Distrito Policial (DP) da capital cearense, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) em desfavor do policial civil. Ele foi liberado na sequência, e responderá a processo disciplinar junto à Assessoria de Apuração de Transgressões Disciplinares da Polícia Civil.

Procurada, a Polícia Militar não quis comentar e disse que o caso está a cargo da Secretaria de Segurança de Pública do Estado.

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