(FOLHAPRESS) – Uma delegada da Polícia Civil de Belo Horizonte está desde a tarde de terça-feira (21) trancada em seu apartamento depois de efetuar disparos de dentro do imóvel. Colegas tentam negociar a entrega da arma e a saída da delegada do apartamento.
Equipes da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e do Samu estão no condomínio Gran Ventura, localizado no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha.
Segundo as informações preliminares, a delegada identificada como Monah Zein está de férias, mas na manhã de terça usou as redes sociais para desabafar e dizer que não quer voltar a trabalhar.
Colegas da Polícia Civil então foram até o endereço dela, e então ela efetuou os disparos. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, ninguém ficou ferido.
O advogado da delegada afirma que ela é vítima de assédio moral há muito tempo.
Zein chegou a fazer uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, na qual aparece com uma arma na mão junto à porta do apartamento, durante negociação com os policiais, e manda os colegas irem embora.
A Polícia Civil afirma que a situação é acompanhada também por equipes da Corregedoria e do centro de apoio psicossocial.
O advogado Leandro Martins, que representa a delegada, disse que “em especial as servidoras do sexo feminino” são vítimas de assédio moral na polícia.
“Lamentamos o estado de saúde em que a servidora se encontra e repudiamos a forma com que a Polícia Civil do estado de Minas Gerais tem tratado a todos os servidores, em especial as servidoras do sexo feminino. O assédio moral dentro da corporação é uma coisa que reclama cuidados de toda a sociedade e do seu governador do estado também”, afirmou Martins, em nota.
Questionada sobre a acusação de assédio moral, a Secretaria de Estado de Justiça da Segurança Pública de Minas Gerais respondeu que o assunto deveria ser tratado com a Polícia Civil. A reportagem então procurou a assessoria da corporação por e-mail e mensagens, mas não houve resposta até a publicação deste texto.
A defesa da delegada afirma que tá em tratativa com a Corregedoria para resolver a situação “de forma pacífica com a maior brevidade possível”.
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