CPTM processa idoso por quebrar catraca a bengaladas em estação de trem de SP

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entrou com ação por dano material conta um idoso de 71 anos que quebrou uma catraca da estação Itaquera, na zona leste da capital, com golpes de bengala. A companhia cobra o valor de R$ 7,2 mil. Em depoimento, o homem afirmou que não teve intenção de danificar o objeto e que a atitude ocorreu depois de ficar nervoso por não conseguir validar bilhete para acessar o serviço de transporte.

“Em razão de confusão de acesso ocorrida na linha de bloqueios (catraca) envolvendo o requerido (idoso) e funcionário da autora (CPTM), o requerido, supondo que seu acesso ao sistema de transporte público não seria liberado, desferiu golpes de bengala no validador do bloqueio, na estação Itaquera, quebrando-o”, diz trecho da inicial protocolada pela CPTM no dia 28 de junho deste ano. O caso ocorreu em setembro de 2023, segundo a companhia.

A CPTM afirma que um funcionário estava próximo da catraca e, quando percebeu a chegada do idoso, liberou o acesso, mas o homem não passou pelo local. Na sequência, ele tentou o acesso por outra catraca, mas não conseguiu. No documentado protocolado na Justiça, o departamento jurídico da CPTM classificou a atitude de “abominável ato de vandalismo, que deve ser repreendido com rigor”.

“A autora é empresa estatal, prestadora de serviço público de transporte ferroviário, vinculada ao governo de São Paulo, sendo que os prejuízos causados, na verdade, são suportados por toda a sociedade de forma indireta, devendo o Requerido ser condenado a ressarcir o prejuízo que causou, no montante de R$ 7.251,19”, sustenta a companhia de trens. O valor cobrado inclui reposição do objeto, serviços de conserto, mão de obra e transporte dos materiais para o local.

Uma tentativa de acordo amigável ocorreu por parte da CPTM, de acordo com o processo. No entanto, a empresa estatal afirma que não recebeu retorno do idoso. Na esfera criminal, há uma investigação na Polícia Civil de São Paulo por dano ao patrimônio.

Em depoimento, o acusado afirmou que não foi auxiliado por funcionário da CPTM em nenhum momento. A falta de ação nas proximidades da catraca o deixou nervoso e ele golpeou o bloqueador com a bengala. Ele afirmou, no entanto, que não teve a intenção de quebrar o objeto. No depoimento, ele disse também que a reação ocorreu por desespero por não conseguir acessar o serviço de transporte público paulistano.

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