A principal contribuição para a aceleração do Índice ao Produtor Amplo (IPA) no âmbito do IGP-10 de setembro veio dos combustíveis, informou a Fundação Getulio Vargas no relatório do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) deste mês.
“O último aumento autorizado pela Petrobras ocorreu no dia 16 de agosto e, dentro deste período de apuração, os preços do diesel subiram 21,60% e, da gasolina, 13,58%. Estas contribuições somadas geraram influência de 0,80 ponto porcentual (p.p.) permitindo que a variação do IPA avançasse de -0,20% em agosto para +0,23% em setembro”, afirma o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, em nota.
Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de queda de 0,95% em agosto à queda de 0,14% em setembro. A principal contribuição para este resultado partiu justamente do subgrupo combustíveis para consumo, cuja taxa passou de -4,64% para 9,34% de um mês para o outro.
No grupo Bens Intermediários, os preços saíram de um recuo de 0,37% em agosto para alta de 1,14% em setembro. A principal contribuição partiu, novamente, do subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção, cuja alta passou de 1,21% em agosto para notáveis 15,34% em setembro.
Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de uma alta de 0,79% em agosto à queda de 0,44% em setembro. Nesse caso, as principais influências para o recuo foram bovinos, cujos preços caíram 8,91% em setembro ante alta de 0,72% em agosto; soja em grão, cujos preços desaceleraram e tiveram alta de 3,16% em setembro, ante 5,98% no mês anterior; e leite in natura, com recuo de 5,67%, após variação negativa de -1,48% em agosto.
Entre as matérias-primas, equilibram o índice, em sentido ascendente de preços, o minério de ferro (1,33% para 2,81%); a mandioca/aipim (-5,28% para 1,52%); e café em grão (-7,43% para -1,83%).
Leia Também: País vive momento que se exige cuidado com o que se aprova no Congresso, diz Haddad