Colesterol alto pode causar sérios danos ao coração e ao cérebro

O colesterol é uma substância importante para manter a saúde e diversas funções no organismo. Junto a outros componentes, por exemplo, ele previne contra perdas excessivas de água por evaporação, o que acarretaria problemas de desidratação e morte. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os valores ideais de colesterol devem ser: total <190 mg/dL, LDL <130mg/dL, HDL>de 40 mg/dL. No entanto, quando a concentração de LDL no sangue está excessiva, há um risco aumentado de desenvolvimento de graves doenças cardiovasculares.

 

“Isto acontece porque o organismo passa a acumular ‘placas de gordura’ nas artérias, o que dificulta ou impede a passagem de sangue, levando a uma ‘morte’ dos tecidos que eram irrigados por elas. A aterosclerose é uma doença sistêmica e pode acometer qualquer artéria do organismo. Dependendo da região afetada, a situação pode ser ainda mais preocupante”, explica o cardiologista do Hcor, Dr. Nathan Soubihe Jr.

É o caso da ateromatose das artérias coronárias, das artérias carótidas e das artérias cerebrais intracranianas, doenças particularmente graves em função de levarem sangue para o coração, seguimento cefálico e cérebro. “Suas obstruções causam angina (diminuição do fluxo de sangue ao coração), infarto agudo do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), afecções de grande gravidade e que põem em risco a vida”, ressalta.

Para evitar complicações, o ideal é manter os níveis adequados de colesterol. “Ter um padrão alimentar adequado, fazer atividade física regular e utilizar a medicação apropriada, quando indicada pelo médico, sempre serão bem-vindos na luta contra as doenças do coração e na prevenção dos AVCs. Quanto antes identificada a hipercolesterolemia, mais precocemente pode-se iniciar o tratamento adequado, minimizando ainda mais os riscos das doenças cardiovasculares”, orienta.

O que causa o colesterol alto?

Aproximadamente 75% do colesterol é produzido pelo próprio organismo, enquanto apenas 25% são fornecidos pela dieta. No entanto, a elevada produção de colesterol pelo próprio corpo tem um caráter familiar e genético. “Por isso, a diminuição dos níveis de colesterol acaba não sendo uma meta facilmente atingida sem a administração de medicamentos específicos para esse fim”, conta.

A obesidade e o sedentarismo, no entanto, influenciam significativamente na elevação dos níveis de colesterol. “A obesidade infantil e o sedentarismo nessa faixa etária têm atingido níveis alarmantes, e hoje não é incomum receber no consultório médico crianças e adolescentes que buscam tratamento para baixar os níveis de colesterol”, revela.

É importante lembrar que os alimentos muito ricos em gorduras saturadas, como carnes gordas, leite, queijos, manteiga, devem ser consumidos equilibradamente. As gorduras trans, produzidas artificialmente, não apresentam benefícios ao organismo e seus malefícios não são questionáveis na comunidade científica. São ricamente encontradas em alimentos industrializados, como bolachas, biscoitos, sorvetes, carnes processadas.

Gostou deste conteúdo? Compartilhe...

Facebook
Twitter
Email
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Patrocinador:

Ultimas Notícias