Ciberataque gera o caos em hospitais de Londres e leva a cancelamentos

Um ciberataque dirigido ao Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) levou ao cancelamento e à alteração de vários procedimentos em hospitais de Londres.

Os hospitais de King’s College, Guy’s e St. Thomas’, incluindo o Royal Brompton e o Evelina London Children’s Hospital, bem como os serviços de atenção primária, foram atingidos pelo ataque ao parceiro informático Synnovis, na segunda-feira, disse a Sky News.

A Synnovis “foi vítima de um ataque cibernético de ransomware”. “Isso afetou todos os sistemas informáticos, resultando em interrupções em muitos dos nossos serviços de patologia”, disse o presidente-executivo Mark Dollar.

Assegurou, também, que a empresa está fazendo o seu melhor para “minimizar as consequências”, destacando que irá se manter em contato com os serviços locais do NHS para os manter informados do resultado.

Afirmando que a sua empresa leva a cibersegurança “muito a sério”, Mark Dollar disse que “este tipo de ataque pode acontecer a qualquer pessoa em qualquer momento”.

“E, infelizmente, os indivíduos por detrás (destes atos) não têm escrúpulos em relação às pessoas afetadas pelas suas ações”, sustentou.

O impacto imediato recai sobre os pacientes que utilizam os serviços do NHS nos hospitais, bem como os serviços de cuidados primários nos bairros de Bexley, Greenwich, Lewisham, Bromley, Southwark e Lambeth. Alguns procedimetnos foram cancelados e outros foram transferidos para outras unidades hospitalares.

“Posso confirmar que o nosso parceiro de patologia, Synnovis, sofreu um grave incidente informático hoje cedo, que ainda está decorrendo”, escreveu o presidente do Guy’s and St Thomas NHS Foundation Trust, Ian Abbs.

Segundo Ian Abbs, esta situação está tendo “um grande impacto” na prestação dos serviços, sendo as transfusões de sangue particularmente afetadas.

“Algumas atividades já foram canceladas ou redirecionadas para outros centros”, contou o responsável.

A Sky News cita Oliver Dowson, um paciente de 70 anos, que tinha uma operação marcada para as 6h00 de segunda-feira no hospital de Royal Brompton. Por volta das 12h30, foi dito a ele que o procedimento não ia, afinal, acontecer. “A equipe de enfermagem parecia não saber o que é que tinha acontecido, apenas que muitos pacientes estavam sendo orientados para ir para casa e esperar por uma nova data”, disse.

A Sky News revelou que “as transfusões não essenciais foram interrompidas quando o incidente surgiu. Qualquer pessoa que precise de transfusões de emergência terá que proceder com papel e caneta. Obviamente, isso retardará a correspondência de sangue e coisas assim”, disse o jornalista da rede televisiva britânica Tom Clarke. 

De acordo com o Health Service Journal (HSJ), que citou uma fonte qualificada, serão necessárias “semanas e não dias” para obter os resultados dos exames patológicos na sequência deste ciberataque.

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