A chacina de cinco familiares de Alex Samurai, em Camaragibe, em setembro de 2022, ganha novos contornos com a revelação de áudios em que policiais militares aparentam comemorar as execuções. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou 12 PMs por suspeita de participação no crime, com base em um relatório da Polícia Civil que detalha as conversas macabras entre os agentes.
As mensagens, trocadas por aplicativo de mensagens, revelam um plano macabro de vingança após a morte de dois PMs. Em um dos áudios, um policial sugere “fazer igual aos nossos irmãos do Sertão: quando pega, tora essas desgraças”. A menção ao termo “fazer” é interpretada pela investigação como um jargão criminoso/policial para “matar”.
A crueldade não se limita à frieza das palavras. Um dos PMs propõe “matar pai, mãe, família, quem tiver”, e outro comemora as mortes dizendo que “zerou” a situação. Há ainda indícios de tortura contra a companheira de um dos irmãos de Alex.
[Legenda]© Reprodução- Instagram
Os 12 PMs denunciados pelo MPPE respondem pelos crimes de:
Homicídio.
Tortura.
Fraude processual.
Eles foram tornados réus pelos assassinatos de:
Ágata Ayanne da Silva.
Apuynã Lucas da Silva.
Amerson Juliano da Silva.
Ainda estão em investigação as mortes de:
Maria José Pereira da Silva (mãe de Alex).
Maria Nathalia Campelo do Nascimento (esposa de Alex).
Os corpos de Maria José e Maria Nathalia foram encontrados em um canavial na cidade de Paudalho. Alex Samurai também foi morto no mesmo dia, em um confronto com a polícia.
Veja os nomes dos PMs investigados:
João Thiago Aureliano Pedrosa Soares (1º tenente)
Paulo Henrique Ferreira Dias (soldado)
Leilane Barbosa Albuquerque (soldado)
Emanuel de Souza Rocha Júnior (soldado)
Dorival Alves Cabral Filho (cabo)
Fábio Júnior de Oliveira Borba (cabo)
Diego Galdino Gomes (soldado)
Janecleia Izabel Barbosa da Silva (cabo)
Eduardo de Araújo Silva (2º sargento)
Cesar Augusto da Silva Roseno (3º sargento)