Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza, deixando o território sem água, luz e gás. Civis que vivem na região estão em desespero, temendo que sejam bombardeados a qualquer momento.
“Todo mundo está tenso, todo mundo tem medo”, disse Mohammed, de 44 anos, à ITV News. “Sempre que ouvimos um foguete, pensamos: ‘Está vindo na minha direção? Vai ser dessa vez?'”
Omar, de 21 anos, contou que houve um massacre na sua cidade natal, onde 15 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas. O jovem está “aterrorizado”, uma vez que os vizinhos receberam uma ordem de retirada. Ele não sabe se a sua casa ainda está de pé ou se foi destruída.
Sama, de 19 anos, e a família arrumaram malas, temendo que a sua casa seja bombardeada. “Já testemunhei tantas agressões em Gaza, mas nunca vi nada tão agressivo”, disse. “Agora, não consigo garantir que vou continuar viva depois de filmar esse vídeo, ou enquanto estou filmando. É um período de grande terror para todos nós.”
Na quinta-feira, o necrotério do maior hospital de Gaza transbordou de cadáveres. Os corpos chegavam mais rápido do que as reclamações feitas pelos familiares. As dificuldades se espalharam para os cuidados hospitalares, que são realizados nos corredores da instituição de saúde, pela falta de recursos. A maioria dos feridos são crianças.
O Hamas, grupo armado que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa contra Israel na semana passada. Israel respondeu com uma campanha de bombardeios aéreos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas. Nesta quarta-feira, Netanyahu concordou com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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